Sob o lema «Ruptura e mudança. Sim é possível uma vida melhor», mais de seis mil pessoas participaram, domingo, dia 13 de Setembro, em Évora, no segundo grande comício da CDU.Junto ao Templo de Diana, antecedendo as intervenções políticas, esta acção de massas contou com a actuação de Luísa Bastos e de Samuel Quedas. «Esta praça está tão bonita vista daqui de cima», disse a cantora do «Avante! Camarada». «Formas de Abril», «Valsa da Burguesia» e «Cravo Vermelho ao Peito», foram alguns dos temas interpretados e apreciados pelos «soldados da mudança».

O comício e a actuação dos músicos de «Abril» foi precedida de um ambiente de festa, determinação e confiança. Por todo o lado, em todos os locais, o azul, o amarelo, o branco, o verde e o vermelho, as cores da esperança e da CDU, invadiram as ruas da bonita cidade de Évora, que confluíram no Largo do Conde de Vila Flor. «Como a CDU não há nenhum», dizia uma alentejana, empunhando uma bandeira da Coligação. Também os jovens comunistas fizeram questão de estar presentes. «Leva a luta até ao voto», dizia uma faixa, onde ainda se podia ler «Contigo construímos a mudança».

De seguida, subiram ao palco os 47 cabeças de lista da CDU às câmaras do distrito de Évora, os membros da JCP e da Juventude CDU, do Partido Ecologista «Os Verdes» (PEV), das Direcções Regionais do PCP de Évora, Beja, Portalegre e Litoral Alentejano, do Executivo do PCP e os primeiros candidatos da CDU pelos círculos eleitorais de Beja (José Soeiro), de Portalegre (Joaquim Manuel) e de Évora (João Oliveira).

Esta iniciativa contou ainda com a presença de Abílio Fernandes, da Comissão Central de Controlo do PCP, de Luísa Araújo e José Catalino, dos Organismos Executivos do PCP, de João António Vicente, da Intervenção Democrática, de João Luís Ferreira, do PEV, e de Jerónimo de Sousa, Secretário-geral do PCP, que manifestou confiança «de que é possível continuar a crescer, em votos e deputados».

«Apresentamo-nos perante o povo português com a consciência tranquila de quem não só soube honrar os seus compromissos como um meritório e reconhecido trabalho dos deputados eleitos pela CDU na Assembleia da República, tal como nas autarquias, como foi sem sombra de dúvida a grande força de oposição e dinamizadora da luta contra a política de direita do Governo», afirmou.

Jerónimo de Sousa valorizou, também, o Programa de «Ruptura, Patriótico e de Esquerda» que a CDU apresenta ao País. «Um programa que perspectiva um novo rumo para Portugal, baseado nos princípios e valores da Constituição da República», disse, prometendo alterar, na próxima legislatura, os «aspectos negativos do Código do Trabalho», da «legislação da administração pública», da «carreira docente» e do «direito à reforma aos 65 anos e sem penalizações para carreiras contributivas de 40 anos».

A CDU defende ainda a «distribuição gratuita dos manuais escolares para o ensino obrigatório», o «acesso à consulta no próprio dia nos cuidados primários de saúde», a «eliminação do Pagamento Especial por Conta» e o «estabelecimento de valores de referência das taxas de juro».

«O País precisa na verdade e com urgência de uma outra política e de um governo que em coerência a concretize», frisou o Secretário-geral do PCP.