Porto apresenta candidatos às eleições legislativas
26 de Junho de 2009

Foram apresentados no Porto candidatos do distrito à Assembleia da República. O cabeça de lista é José Honório Novo, deputado na Assembleia da República e membro da Direcção da Organização Regional do Porto. Fátima Monteiro e Jorge Machado são os candidatos seguintes. Na sua intervenção, Honório Novo afirma que não há força partidária que mais esteja próxima dos eleitores e dos problemas concretos, que mais honre os compromissos, que mais lute contra as injustiças e por uma vida melhor.

Honório Novo

 

Senhoras e Senhores Convidados
Caros amigos e amigas
Caros camaradas
Senhoras e Senhores Jornalistas

Quero antes de mais agradecer ao Dr. Macedo Varela o facto de ter aceite ser omandatário da candidatura da CDU no Distrito do Porto.

Macedo Varela foi, para muitos de uma geração que despertava para a intervençãocívica, uma verdadeira referência ética e política.

Recordamos o seu papel na Organização do 3.º Congresso da OposiçãoDemocrática, em 1973; sublinhamos a seriedade e a competência como exerceucargos públicos, na Câmara Municipal do Porto ou em Governos saídos daRevolução de Abril; invocamos a sua qualificada e reconhecida intervenção jurídica,que o levou a desempenhar cargos dirigentes na Ordem dos Advogados sem nuncaesquecer a causa dos trabalhadores e dos mais fracos, (e de que é, aliás, exemplomais recente a defesa vitoriosa dos sindicalistas processados pelo Governador Civilde Braga por se manifestarem publicamente contra José Sócrates).

Muito nos honra, portanto, o facto de termos como mandatário distrital o Dr. MacedoVarela. Muito nos honra e mais ainda nos responsabiliza, face ao trabalho e aosdesafios que temos pela frente.Queremos nesta ocasião saudar de forma especial a população do nosso Distrito.Queremos saudar os homens e mulheres que aqui vivem e trabalham, cada vez commais problemas e dificuldades.

Queremos saudar os jovens, trabalhadores e estudantes, cada vez mais precários ecom menos perspectivas de futuro e de emprego estável.Honório NovoPrimeiro Candidato da CDU pelo círculo do PortoQueremos saudar, de forma muito especial, todos aqueles que são vítimas dodesemprego que não pára de crescer e que no Porto atinge números assustadores.Queremos saudar os reformados e pensionistas a quem impuseram trabalhar maisanos para receber reformas cada vez mais pequenas e degradadas.

Queremos dizer a todos que podem continuar a contar connosco. Que podemcontinuar a contar com os candidatos da CDU, que podem continuar a contar com aColigação Democrática Unitária, Coligação onde cabem e têm voz milhares deindependentes, onde está a Intervenção Democrática, onde estão os Verdes, ondeestá o Partido Comunista Português.

Queremos dizer a todos que continuaremos a travar uma luta sem quartel em defesado emprego, em defesa do desenvolvimento do distrito e do País, quecontinuaremos a lutar contra as injustiças, contra a exclusão social e a pobreza, alutar por uma vida melhor para todos.Há quatro anos e meio anunciámos neste mesmolocal os objectivos eleitorais da CDU para o distrito do Porto.Queríamos então mais votos para poder intervir melhor e com mais eficácia naresolução dos problemas do distrito e do País.

Queríamos mais votos para recuperaro mandato perdido em 2002. Queríamos mais votos para eleger o Jorge Machado epoder multiplicar por dois o trabalho e a intervenção parlamentar e para nospodermos aproximar ainda mais dos problemas concretos dos trabalhadores e daspopulações.Hoje, caros camaradas, caros amigos e convidados, queremos mais!

Hoje, a CDUestá a crescer no País e está também a crescer, e muito significativamente, no nossoDistrito. Hoje temos mais força, temos mais e melhores condições, temos maismilitantes e activistas, hoje temos um maior património de conhecimento e detrabalho.Por isso, a CDU quer continuar a crescer para derrotar a maioria absoluta do PartidoSocialista.

Por isso a CDU quer continuar a crescer no Distrito, quer ter mais votos e maisdeputados em representação do Porto na Assembleia da República.E é exactamente por isso que a CDU não apresenta hoje apenas o cabeça de listapelo Porto. É exactamente para que o Distrito e o País os fiquem a conhecer desdejá, que a CDU apresenta hoje os seus três primeiros candidatos – a Fátima Monteiro,o Jorge Machado e eu próprio – que serão, temos fortes razões para confiar, os trêspróximos deputados eleitos pela CDU em representação do Círculo do Porto naAssembleia da República.

A confiança que temos nos próximos resultados eleitorais e que hoje aquireafirmamos não aparece por acaso nem surge por geração espontânea.Esta confiança resulta em primeiro lugar do trabalho que fizemos, do muito trabalhoque realizámos ao longo desta legislatura de maioria absoluta e de políticas de direitado Governo José Sócrates.Um trabalho que resultou de um forte empenhamento colectivo, de uma ligaçãoprivilegiada com os problemas dos trabalhadores e das populações, um trabalhopermanente de articulação com os problemas da actividade económica, desde opequeno comércio de proximidade ao vasto tecido das micro e pequenas empresas,completamente desprezadas por um Governo cada vez mais protector dos grandegrupos e interesses económicos, um trabalho ímpar que no Distrito não tem qualquerparalelo em mais nenhum partido ou força partidária.E posso assegurar-vos que vamos mostrar que o trabalho dos deputados do PCPeleitos no Porto não tem comparação.

Vamos fazê-lo concelho a concelho, escola a escola, fábrica a fábrica, unidade desaúde a unidade de saúde, instalação de segurança a instalação de segurança,tribunal a tribunal, centro de dia a centro de dia, equipamento desportivo aequipamento desportivo, lembrando sempre quem levantou os problemas e quemnão o fez, quem apresentou as propostas e as soluções para as questões concretasdas populações e do distrito, e quem não o fez, quem defendeu um programa deemergência social para o Distrito do Porto e quem o rejeitou ou desprezou, quemdefendeu postos de trabalho e a capacidade produtiva instalada, e quem a destruiuou deixou destruir, quem é que defendeu e quem é que boicotou o investimentopúblico no Distrito.

Vamos fazê-lo e mostrar que não há força partidária no País e no Distrito que maisesteja próxima dos eleitores e dos problemas concretos, que mais honre oscompromissos e a palavra dada, que mais lute contra as injustiças, que maisdefenda os mais fracos e não têm voz, que mais lute por uma vida melhor.Vamos fazê-lo.

Caros camaradas, caros amigos e convidados para mostrar que étempo de terminar com as falsas alternâncias da caras e de palavras, que é tempode terminar com a total consonância de interesses, de projectos e de práticaspolíticas em torno de um bloco central partidário que começa no PS, que seprolonga pelo PSD e só termina no CDS/PP.

Uma palavra sobre a Regionalização.

Ao que parece o tema está, ou vai estar outra vez na moda. Sobretudo fala-se delefora dos círculos do poder centralizado. É bem verdade que não há candidato peloPorto – seja ele qual for e venha ele de onde vier – que não jure fidelidade àregionalização, em especial em períodos pré eleitorais. Mesmo que tudo o que sedisse ou se prometeu seja depois esquecido e lançado para o caixote do lixo.

Defendemos há muito que é preciso e urgente avançar com a regionalizaçãoadministrativa. É um imperativo constitucional.

Será mais um instrumento departicipação democrática descentralizada, condição necessária, ainda que nãosuficiente para permitir um desenvolvimento mais coeso do território nacional, paracombater mais eficazmente as assimetrias regionais, (que não cessam de crescer),para erradicar a evidente e sempre crescente discriminação no investimento público.Há quatro anos os primeiros candidatos pelo Porto defenderam a regionalização.

Mesmo aqueles cujos Partidos sempre foram e são contra a regionalização, que arejeitaram em referendo, ou que mantêm sobre o tema uma posição partidária maisque duvidosa. Com excepção do PCP, contudo, mais nenhum passou dessas piasintenções. Fizemos em Lisboa o que anunciámos no Porto, apresentámos umainiciativa legislativa que só não avançou por causa da posição inflexível e autoritáriade José Sócrates contra a regionalização.E por isso lançamos desde já o repto às restantes candidaturas.

Definam-se quantoà regionalização de uma vez por todas. Mas não queiram ser levados a sério seinsistirem em dizer uma coisa no Porto outra contrária em Lisboa, se quiserem voltarapenas a ensaiar um discurso duplo para enganar as populações.A CDU encara com grande determinação e confiançamais esta importante batalha pela democracia.

Uma batalha contra quem quer reduzir a vida política a um pantanal de corrupção, deamiguismo e de interesses inconfessáveis.Uma batalha contra o empobrecimento da vida política, contra a abstenção e odesencanto gerado pelas esperanças frustradas por quatro anos de governaçãoautoritária do Governo José Sócrates.

Uma batalha pelo pluralismo que assegure o direito constitucional de tratamentojornalístico equidistante e independente.Uma batalha pelo esclarecimento que motive uma participação cívica empenhada demais jovens e mais mulheres.Uma batalha que confirme a CDU como força de ruptura com as políticasretrógradas e de direita dos últimos anos e dos últimos governos, e que confirme aCDU como força motriz de uma política alternativa e de esquerda.Uma batalha pelo progresso e pelo desenvolvimento do País e do nosso Distrito.

Uma batalha que ganhe mais apoios e mais votos para reforçar e continuar a fazercrescer a CDU. E, com toda a confiança, uma batalha para eleger três deputadospelo Porto.Viva o distrito do Porto!Viva a CDU!

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