A recta final

Miguel Tiago
 

Miguel Tiago

A recta final aí está. A poucos dias da última convocação eleitoral, podemos certamente afirmar que a CDU e a Juventude CDU dinamizaram uma das mais ricas campanhas eleitorais dos últimos anos e, com muitas certezas, a mais rica de todas as que disputam hoje os espaços eleitorais em causa. Por ter força e ser dinâmica, mas não só. A CDU e as forças que a compõem dinamizaram e continuarão a dinamizar esta campanha, com estas características, riqueza e diversidade, porque é assim a expressão da sua natureza.
Esta campanha intimamente ligada aos problemas das populações, uma campanha nacional, em todas as ruas, escolas, empresas ou locais de trabalho, nascida das preocupações de todos os trabalhadores e jovens portugueses, sem centrar em líderes ou slogans de marketing o seu alcance, não abdicando da sua verdadeira dimensão de massas, mostrou-se a única capaz de envolver as pessoas, os jovens, as mulheres, os trabalhadores, assim redobrando a convicção e o empenho de que é possível construir uma vida melhor em Portugal. Não porque julgamos ser guardiões do futuro, mas porque confiamos plenamente na capacidade criativa e construtiva do povo português, capacidade que, lado-a-lado com a CDU se vai reforçando e sustentadamente consolidando.
É esse Povo que romperá com o rumo de destruição nacional que vem sendo praticado através das sucessivas políticas de direita, mas não o fará sem contar com a força e o empenho comprometido de todos quantos entregam o seu esforço e trabalho revolucionário nessa grande frente de esquerda nacional que é a CDU.
A última expressão da luta eleitoral que travamos depois desta sucessão de actos eleitorais é precisamente a que mais próxima está dos cidadãos, independentemente da sua profissão, da sua localização e até da sua condição social e de classe, muitos são os que vêem no Poder Local democrático a instituição do poder mais capaz de atender a um conjunto vasto de preocupações, muitas vezes intimamente relacionadas com a sua qualidade de vida. O compromisso da CDU com os princípios de Abril, a aposta firme na consolidação de direitos democráticos, do desporto à educação, fazem dos autarcas da CDU os mais comprometidos com os interesses e aspirações da população mas também os mais competentes no que toca à sua resolução pronta e eficiente. Os motivos são simples, os autarcas da CDU, os candidatos da CDU são os próprios interessados na resolução dos problemas, são parte integrante da vida do meio em que se inserem, sem quaisquer outros interesses, sem compromissos com os interesses obscuros que se movimentam cada vez mais em torno da especulação imobiliária, do ordenamento do território, da exploração de recursos humanos, da privatização de serviços, etc..
Pelo contrário, os eleitos da CDU, os candidatos da CDU assumem esse compromisso elementar de colocar o seu trabalho, a sua honestidade e a sua competência ao serviços dos interesses comuns, combatendo as estratégias que lhes são alheias, as políticas de direita, a empresarialização dos serviços, as privatizações de água e saneamento, a conversão das autarquias em agências imobiliárias, sem deixar de estreitar a ligação do poder local às populações e de dinamizar a sua luta por uma vida melhor, na cultura, no desporto, no ambiente e qualidade de vida, na mobilidade, no trabalho e na educação. São também essas diferenças que nos marcam como força única no panorama autárquico nacional e são essas que trarão, certamente, as vitórias que compensarão a audácia e a perseverança dos activistas da CDU e da luta das populações.
Mas o que é mesmo mais certo é que, depois da recta final destas provas eleitorais, vem a verdadeira prova política. E, independentemente dos resultados aqui ou além, todos sabem poder contar com a CDU, com o PCP, o PEV e outros activistas lá onde a luta for precisa, lá onde o posto de trabalho estiver em causa, onde a rua precisar de arranjo, onde a ligação ao saneamento básico for necessária, onde a água for privatizada, lá onde a política e a luta se fazem fora do tempo de eleições!