No comício de Évora, Jerónimo de Sousa lembrou que está nas mãos dos portugueses contribuir para o surgimento das condições de «ruptura» e de «mudança» que há muito se impõem na situação política do País, votando na CDU.
«O reforço eleitoral que ambicionamos só pode ser construído pela intensa convergência de muitos milhares de acções e de esforços colectivos e individuais. Sabemos que não vamos ter uma batalha fácil, mas está nas nossas mãos levar de vida voz a CDU a todos os portugueses numa campanha viva, forte e ampla», afirmou o Secretário-geral do PCP, frisando que na CDU «reside a força que junta, que une e torna mais próxima a possibilidade de uma ruptura com a política de direita, que não se limitou nem limita a dizer “basta”, que tudo fará também dizendo «Sim, é possível uma vida melhor».
Na sua intervenção, Jerónimo de Sousa acusou ainda a «política de direita» de ter tornado o País «mais frágil, mais dependente e ao mesmo tempo mais injusto e mais desigual».
«A política de direita do PS e do PSD foi arruinando o País à medida que deliberadamente promovia a acumulação e a centralização da riqueza nacional nas mãos dos grandes grupos económicos e financeiros que dominam a economia nacional, nomeadamente os sectores estratégicos – da banca, da energia, dos seguros, das telecomunicações – que se tornaram no principal instrumento de espoliação da economia portuguesa, dos seus sectores produtivos, dos trabalhadores, dos micro, pequenos e médios empresários e das famílias», acusou, lamentando o facto de Portugal estar agora «mais debilitado do que estava em 2005 e com mais graves problemas sociais». «O voto na CDU é o voto que rompe com o ciclo de declínio nacional e de regressão social, o voto na força que mais luta por uma nova política», sublinhou.
Ao lado das pessoas
Este comício contou ainda com a intervenção de Eduardo Luciano, cabeça de lista à Câmara Municipal de Évora. Ali, referindo-se às eleições de 11 de Outubro, o candidato comparou o projecto político da CDU com o do PS.
«O projecto autárquico da CDU, em 25 anos de trabalho, transformou este território com opções pioneiras na área do urbanismo e com uma política cultural que prestigiou Évora, nacional e internacionalmente, liderando um processo exemplar de classificação do Centro Histórico como Património da Humanidade», referiu, acusando o PS, entre outras situações, de «incapacidade» das promessas feitas e de «travar a desertificação do centro histórico».
Pelo palco passaram ainda José Soeiro, Joaquim Manuel e João Oliveira, primeiros candidatos da CDU às Eleições Legislativas pelos círculos eleitorais de Beja, Portalegre e Évora, respectivamente.
«Depois de ter contribuído para níveis recorde de desemprego no distrito, atingindo particularmente os jovens que são hoje mais de metade dos desempregados, o PS aproveita-se do desespero de quem não tem emprego, ou é trabalhador precário, para extorquir apoios políticos, ameaçando com o despedimento ou oferecendo empregos por três meses», denunciou João Oliveira, acusando o PS de «atropelar a democracia, satisfazendo os seus interesses partidários». «É por isso que continuarão a encontrar pela frente esta CDU e muitos homens e mulheres de coragem que não vendem a sua dignidade por um prato de lentilhas», referiu o candidato e deputado do PCP, acrescentando: «O Alentejo e o País não estão condenados à pobreza, às injustiças, às desigualdades e ao atraso. É possível construir um futuro de progresso, desenvolvimento e justiça social, mas para isso é preciso dar mais força à CDU».
José Luís Ferreira, do Partido Ecologista «Os Verdes», reafirmou a «extrema» importância do acto eleitoral de 27 de Setembro. «O voto útil é na CDU, porque ajuda a eleger deputados que na Assembleia da República defendem de forma intransigente os interesses da generalidade dos portugueses, sobretudo dos mais desfavorecidos», explicou.
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