Votar CDU é dizer sim a uma vida melhor!

Deolinda Machado
 

Deolinda Machado

A política económica levada a cabo pelo Governo do Partido Socialista, ao longo desta legislatura, teve como principal obsessão a redução do défice público (que voltou a aumentar, apesar dos sacrifícios impostos à população) e a redução dos direitos sociais. Elegeu ainda como principais adversários as mulheres e os homens trabalhadores deste país.

Recordemos os violentos ataques dirigidos aos professores e aos seus sindicatos; aos funcionários públicos e aos trabalhadores do sector privado, com a aprovação, na Assembleia da República, dos instrumentos legais mais atentatórios do estatuto, direitos e dignidade profissionais destes trabalhadores – O Regime do Contrato de Trabalho em Funções Públicas e o Código do Trabalho.

As alterações ao Código do Trabalho vieram fragilizar ainda mais as/os trabalhadores na medida em que acentua a desproporção de poderes entre as partes, quando as promessas eleitorais do partido que sustenta o Governo era, na anterior campanha eleitoral, de rever as normas mais gravosas do Código. Onde estão os princípios éticos e democráticos daqueles que tomam medidas para serem aplicadas aos outros, mas que para si reclamam exactamente o contrário?  

Convém realçar o facto de o Governo ter encenado um conjunto de reuniões com os legítimos representantes destes trabalhadores que mais não passou, de facto, de pura simulação de negociação com os Sindicatos, onde o resultado se saldou pela imposição. O diálogo social ficou à espera de melhores dias. Mas, Portugal continua a ser um dos países da União Europeia que apresenta um maior risco de pobreza (com dois milhões de pobres) e onde as desigualdades na distribuição do rendimento são mais elevadas. Por isso, exige-se mudança de políticas.

O contínuo encerramento de empresas, as falências fraudulentas e o desemprego que daí decorre, os salários em atraso, os processos avolumados na Justiça que aguardam resposta em tempo útil, de entre outros, foram e são realidades vividas no quotidiano das/dos trabalhadores que, seguramente, se recordarão da (in)acção em torno da justiça social, nas eleições do próximo dia 27 de Setembro  e penalizarão quem protagonizou políticas de direita neste país.

Numa grave crise, antes de mais de valores, depois económica e social, há que priorizar a justiça. Portugal necessita de levar por diante uma política de verdade, de transparência, de acção contra a corrupção e em harmonia com o interesse público, na defesa do bem comum.

Valorizar o trabalho, combater o desemprego, apoiar as micro, pequenas e médias empresas e os seus trabalhadores é para onde têm que estar voltados todos os esforços, pois é aí que se jogam as diferentes dimensões da vida.

O tremendo flagelo do desemprego, da precariedade, dos baixos salários e pensões, da pobreza, da fome e da exclusão social, fruto das políticas neoliberais seguidas, tem de ser energicamente combatido. É inaceitável que quem trabalha não consiga obter rendimentos que lhe confiram uma vida digna.

Mas quando se fala de lucros, nomeadamente no sector financeiro, e das altas remunerações dos gestores já não se fala de restrições mas, de milhões.

A CDU É A GARANTIA DE QUE OUTRA POLÍTICA É POSSÍVEL

Eu integro as listas e voto CDU porque acredito que é possível construirmos uma sociedade onde haja justiça social, paz, liberdade, democracia e igualdade de oportunidades para todos.

A CDU faz toda a diferença. É aí que reforçamos a acção individual e colectiva. É com a CDU que construimos um projecto de vida para todos, onde há lugar para o sonho, para a esperança, para a solidariedade, para o compromisso com os outros.

E porque estamos perante matérias de relevante interesse nacional com implicações profundas na vida de todos nós, não nos podemos dispensar de participar de forma activa, forte e eficazmente nesta campanha eleitoral fazendo passar os valores pelos quais nos batemos, reafirmando a necessidade de políticas que tenham como estratégia o desenvolvimento da sociedade que integramos como cidadãs e cidadãos e que contrariem o processo de regressão social em curso que conduz à pobreza e à miséria. Digamos Não, aos fatalismos como nos querem fazer crer a todo o momento. Sim, é possível uma vida melhor!

Decorridas mais de três décadas de sucessivos governos PS e PSD/CDS que conduziram o país à grave situação em que se encontra, é hora de ruptura e mudança.

Por um Portugal com futuro continuará a nossa luta.

VOTE CDU