Intervenção de Jerónimo de Sousa, Secretário-Geral do PCP
Candidatura da CDU em Lisboa
26 de Março de 2009

 

ImageJerónimo de Sousa, na apresentação da candidatura da CDU à Câmara e Assembleia Municipal de Lisboa,  afirmou que a CDU, força de confiança e de uma só palavra, «tem na cidade de Lisboa um património de intervenção política, defesa dos interesses das populações, obra realizada e sobretudo um projecto para a cidade afirmado e construído em sucessivos mandatos».

 

Como o seu percurso de trabalho e obra realizada em Lisboa testemunha, a CDU confirma-se como uma grande força política nacional nas autarquias, indissociavelmente ligada à construção do poder local, à sua afirmação como espaço de resolução de problemas e de intervenção a favor do desenvolvimento e bem estar das populações.

Com inteira verdade se pode afirmar que o poder local — enquanto conquista de Abril, espaço de realização e luta pela melhoria das condições de vida, factor de participação e mobilização cívica de milhares de cidadãos— é inseparável do trabalho e contribuição dada por milhares de activistas da CDU ao longo de sucessivos mandatos.

Força de confiança e de uma só palavra a CDU tem na cidade de Lisboa um património de intervenção política, defesa dos interesses das populações, obra realizada e sobretudo um projecto para a cidade afirmado e construído em sucessivos mandatos.

Património de intervenção em defesa da cidade contra os desmandos da maioria de Abecassis e da AD quando outros soçobravam ou colaboravam com essa gestão ruinosa;  defesa dos interesses das populações assente numa proximidade aos seus problemas e num conhecimento das suas aspirações traduzidas numa intervenção coerente, combativa e participada;  obra realizada ao longo de três décadas, primeiro em importantes freguesias do município e depois na gestão da cidade a partir das responsabilidades assumidas em vários pelouros que deixaram uma inegável e  distintiva marca de competência no trabalho municipal;   projecto de cidade, capital e centro político do país, mas sobretudo espaço de vivência das suas populações, dos seus bairros e freguesias cujo futuro de bem-estar e ligação à cidade é, e continuará a ser, elemento central de um projecto que coloca no centro dos seus objectivos o interesse dos que vivem e trabalham nesta cidade.

Um projecto credibilizado sem dúvida pelo trabalho aqui realizado, mas sustentado e comprovado pela experiência, acção e obra da CDU nas autarquias do país.

Não somos donos da honestidade e da competência. Mas somos a única força com um projecto para o poder local que vai ao encontro da realização concreta dos valores e do projecto de Abril. Desse Abril que irrompeu há 35 anos com o objectivo de assegurar mais justiça social, igualdade, liberdade e desenvolvimento e que orgulhosamente vamos em breve comemorar.

Um projecto alicerçado em mais de 30 anos de acção nas autarquias, durante os quais a CDU deu prova de uma intervenção distintiva nas autarquias.


Distintiva, pela proximidade às populações e pelo incentivo à participação enquanto factor e condição essencial para uma gestão democrática;
distintiva, pela forma como desde a primeira hora assumiu a solução dos problemas de infra-estruturas básicas como um primeiro elemento de desenvolvimento centrado nas necessidades essenciais das populações;
distintiva, pela forma como lançou e concretizou as bases de planeamento e de ordenamento municipal e também regional, indispensáveis a um desenvolvimento sustentável;
distintiva, pela forma integrada como associou à construção de equipamentos culturais, sociais e desportivos programas de envolvimento e participação que estão na base da singular democratização, que a caracteriza, da cultura e da prática desportiva;
distintiva, pela atenção e sensibilidade social que se tem traduzido na contribuição para atenuar desigualdades.

A CDU afirmou-se — como largamente é reconhecido, mesmo entre adversários, como uma força associada ao que de melhor e mais inovador foi feito na gestão das autarquias.

Uma capacidade de realização e inovação que se projecta no presente e dá garantias de  futuro como o comprova o percurso destes últimos anos de mandato.

A valorização do espaço público, a requalificação urbana, a atenção aos valores ambientais, ao desenvolvimento de uma rede de equipamentos colectivos integrados em programas de democratização da prática desportiva e cultural ou a atenção dada aos trabalhadores das autarquias e a defesa do carácter público da gestão são elementos estruturantes e distintivos de um gestão orientada pelo trabalho, a honestidade e competência.

Um trabalho reconhecido nacional e internacionalmente, precursor de sistemas integrados de mobilidade e valorização do transporte público de que o Metro Sul do Tejo é prova, pioneiro na certificação de serviços autárquicos, promotor de um equipamento de valia internacional de que é exemplo o primeiro grande aquário de água doce da Europa (Fluviário de Mora), impulsionador da primeira central fotovoltaica objecto de distinção internacional atribuída já este ano a Moura – expressões mais visíveis de uma vasta obra que cresce e se amplia ali onde a CDU tem a responsabilidade maior pela gestão autárquica.

É esta contribuição que a CDU se propõe confirmar e prosseguir no próximo mandato nas autarquias locais sempre com o objectivo de assegurar um adequado  desenvolvimento local e de garantir às populações uma vida melhor.

Um objectivo, naturalmente inseparável da criação de condições para uma viragem na política nacional que assegure o respeito pelo poder local e a sua autonomia e que rompa com um modelo de desenvolvimento assente em políticas centralistas, de abandono da produção nacional e de desvalorização do trabalho.

As batalhas eleitorais que vamos travar neste ano de 2009 são a grande oportunidade para os portugueses expressarem, através do voto, uma clara condenação da política e da acção governativa que conduziu o país a esta grave situação de regressão económica e social em que vivemos.

Um ciclo eleitoral de enorme exigência que, juntamente com a luta dos trabalhadores e das populações vai determinar a evolução da situação política portuguesa dos próximos anos.

É na confluência destas duas importantes e complementares componentes que haveremos de procurar os caminhos da mudança necessária e que nós, PCP e CDU, de forma empenhada e determinada nos lançamos não apenas com o conjunto das nossas candidaturas,  mas também potenciando a luta e o combate  às injustiças e por uma vida melhor com iniciativa própria como aquela que acabámos  de anunciar ao país para o próximo dia 23 de Maio, aqui para Lisboa – a marcha de protesto, ruptura e confiança – que sendo uma grande manifestação política promovida no quadro da CDU e de oposição às políticas do governo é uma marcha aberta à participação de todos os que são atingidos no quotidiano das suas vidas por tal política.

Marcha que será um sinal de esperança e confiança num futuro melhor, tal como o um forte reforço da CDU será a melhor garantia e a mais segura solução para potenciar e concretizar o grande movimento de ruptura e mudança que a actual situação exige na incessante procura de uma vida melhor para o país e para os portugueses.

 

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