Luís Pereira Garra
Apresentação da Lista CDU - Intervenção do Cabeça de Lista
11 de Julho de 2009

Na apresentação da Lista de candidatos da CDU pelo distrito de Castelo Branco, o cabeça de Lista Luís Pereira garra, afirmou que «Estas quatro mulheres e estes quatro homens não estão sós nesta caminhada. A CDU somos todos. Nós, os que vamos dar a cara, somos apenas e só o rosto de milhares de cidadão anónimos que nas cidades, nas vilas, nos bairros, nas aldeias e nos lugares mais recônditos, nas empresas e nos locais de trabalho, nas associações e colectividades, dão o melhor de si próprios para tornar melhor a vida dos seus semelhantes e afirmar a validade e a qualidade do projecto transformador da CDU»

Estimadas amigas, Estimados amigos

Caras e caros Camaradas

Hoje, com a honrosa presença do nosso camarada e amigo Jerónimo de Sousa, secretário-geral do PCP, damos mais um passo na longa e exaltante caminhada que teve uma bela e bem sucedida etapa no dia 26 de Junho com a apresentação do Cabeça de Lista da CDU às eleições legislativas. Aí dissemos que hoje, dia 11 de Julho, procederíamos à apresentação dos outros elementos que compõem a lista distrital da CDU.

O que é prometido é devido!

Por isso aqui estamos! E, devo dizer-vos, devemos sentir-nos satisfeitos e orgulhosos. Temos uma lista de elevadíssima qualidade; Temos uma lista abrangente e representativa que cobre a quase totalidade do distrito e que representa importantes sectores e camadas da população: O mundo do trabalho;  área da Educação e do Ensino; área da Saúde; A juventude; agricultura; investigação e o desenvolvimento regional; as micro, pequenos e médios empresários.

Temos uma lista que, como sempre acontece na CDU, não precisa do sistema de quotas para valorizar a importância e a necessidade da participação das mulheres na vida política e social. Nós, desde há muito, damos atenção a esta vertente da luta pela igualdade entre mulheres e homens e também por isso esta lista tem 50% de mulheres.

Estas quatro mulheres e estes quatro homens não estão sós nesta caminhada. A CDU somos todos. Nós, os que vamos dar a cara, somos apenas e só o rosto de milhares de cidadão anónimos que nas cidades, nas vilas, nos bairros, nas aldeias e nos lugares mais recônditos, nas empresas e nos locais de trabalho, nas associações e colectividades, dão o melhor de si próprios para tornar melhor a vida dos seus semelhantes e afirmar a validade e a qualidade do projecto transformador da CDU.

Caras e caros companheiros de jornada, obrigado por me permitirem fazer parte da vossa equipe. Acreditem, é para mim uma honra e uma enorme responsabilidade fazer parte da vossa, da nossa lista. Feliz da CDU que pode contar convosco. Feliz do Distrito que tem gente tão representativa, tão abrangente e tão qualificada e tão competente.

E agora? Bem, agora é que a coisa começa a sério.

Vamos continuar o trabalho de auscultação; Vamos falar com o povo e as instituições do distrito. Vamos ouvir as suas reclamações, os seus anseios, as suas sugestões e as suas propostas e com todos vamos elaborar e apresentar os compromissos eleitorais que prometemos cumprir quando em 27 de Setembro elegermos um Deputado da CDU pelo Distrito de Castelo Branco.

Sim, nós vamos fazer um contrato de progresso e desenvolvimento, de justiça e bem-estar com o povo do Distrito e nós vamos cumprir esse contrato.

Nós não somos como os partidos do centrão dos grandes negócios que prometem uma coisa e depois fazem outra.

Nós não somos como o PS e PSD, almas gémeas da política de direita, que estão sempre, sempre ao lado dos poderosos.

Nós, ao contrário deles, estamos sempre, sempre ao lado dos trabalhadores e do povo.

E, acreditem, bem preciso é porque a situação económica, social, laboral, ambiental e cultural do distrito agrava-se em cada dia que passa e quando a justiça é necessária ela é lenta, é morosa, é tardia e em muitas situações, a coberto de meras questões processuais e ou formais, é profundamente injusta e é cada vez mais uma justiça que favorece os poderosos, os Chico-espertos e os malabaristas e prejudica os mais necessitados e as pessoas sérias e honestas.

Caras e caros camaradas, Estamos aqui e não posso esquecer-me das trabalhadoras da Mateus & Mendes, da Cerval e da Casa e Botão que nas últimas semanas foram lançadas no desemprego e que se juntaram aos mais de 10 mil desempregados do distrito.

Estamos aqui e não posso deixar de lançar uma mensagem de apoio, solidariedade e alento às trabalhadoras da Avri que vão entrar em Lay-Off e que legitimamente se interrogam quanto ao que vai acontecer no regresso.
Estamos aqui e não posso deixar de saudar as trabalhadoras da Carveste e da antiga Massito no Fundão que estão a resistir e dar um enorme exemplo de maturidade na defesa das empresas, dos postos de trabalho e dos seus direitos onde, naturalmente, se inclui o direito ao salário.

Estamos aqui e não posso deixar de endereçar uma forte abraço às trabalhadoras da Vesticon que enfrentando manobrismos, chantagens e pressões estão a fazer o que é preciso fazer para viabilizar a empresa, defender postos de trabalho e garantir os seus direitos.

Estamos aqui e não posso deixar de exortar os mineiros da Panasqueira a manterem a sua unidade, a sua organização e a sua determinação na defesa dos seus direitos e interesses e na defesa da exploração mineira.

Estamos aqui e estou a lembrar-me dos milhares de professores e professoras que não foram colocados e têm pela frente uma longa e difícil jornada de incertezas e inseguranças. E também não me posso esquecer dos trabalhadores da Administração Pública que enfrentando ameaças e pressões veladas e estando sujeitos a uma campanha caluniosa por parte do governo e demais partidos da politica de direita, resistem à degradação e destruição dos serviços públicos e fazem funcionar os centros e extensões de saúde e os hospitais, garantem os serviços de Segurança Social, asseguram o normal funcionamento das escolas apesar de serem dirigidos por uma equipe ministerial anormal e atenuam os efeitos negativos de um sistema de justiça ineficaz, iníquo, burocrático, inacessível, complicado e não simplificado.

Estamos aqui e não posso deixar de dar uma palavra de ânimo e de esperança aos micro e pequenos empresários que hoje são objecto de calorosas campanhas demagógicas quando ao longo dos anos têm sido abandonados e massacrados por uma política económica que favorece o grande capital e uma politica financeira que atrofia o investimento e limita o acesso ao crédito.

Estamos aqui e não posso deixar de manifestar a minha enorme admiração pelos homens da terra que, apesar de enfrentarem uma politica que destrói a agricultura e a floresta, persistem em manter a sua actividade, contribuindo para que a desertificação do mundo rural não seja ainda mais violenta.

Estamos aqui e lembro-me do quanto é injusto que, depois de um longa e dura vida de trabalho, milhares de reformados e pensionistas sobrevivam com reformas de miséria porque miseráveis foram os seus salários na vida activa situação que ainda hoje se mantém.

Estamos aqui e não posso deixar de apreciar a forma como as mulheres e os homens da cultura, das artes, do espectáculo, do desporto e do movimento associativo e popular estão a ultrapassar as dificuldades originadas por um governo que tem uma concepção dirigista e economicistas destas áreas e fazem um trabalho altamente meritório.

Estamos aqui e quero dirigir-me directamente aos jovens do nosso distrito apelando para que não percam a esperança, que acreditem que a sua vida tem futuro, que é possível romper com estas políticas malditas que apenas lhes oferecem precariedade, instabilidade, baixos salários, desemprego e lhes tolhem os horizontes e lhes limitam as perspectivas de construir o futuro.

A todos queremos dizer: Acreditem que com a CDU uma vida melhor vai ser possível.

Caros e caras camaradas,
Foi há poucos dias e a coisa ainda está fresca. Tal como estávamos à espera o PS inviabilizou a aprovação de um Plano de Emergência para o Distrito de Castelo Branco.

O Chumbo não surpreendeu. Tudo indiciava que assim iria ser. O PS mostrou o que é. Os deputados do PS eleitos pelo Distrito mostraram que entre os interesses do distrito e do seu povo e a disciplina partidária optam por esta. Ou seja: Sofrem de partidarite aguda.

Mas também o PSD e o CDS, que se abstiveram, mostraram que se fossem governo fariam exactamente o mesmo que o PS. Eles são assim “ora agora tocas tu, ora agora toco eu” só que a música é sempre a mesma. É a música do subdesenvolvimento, do desemprego, da destruição do aparelho produtivo, do encerramento das empresas e do aniquilamento dos micro, pequenos e médios empresários, é música dos baixos salários, da pobreza e da exclusão, é a música da desertificação, do abandono da discriminação e do envelhecimento do distrito.

Deve ficar muito claro:
Com o Plano de Emergência nós queremos o inverter o caminho de degradação do nível e qualidade de vida dos trabalhadores e das populações, de redução de direitos, de encerramento dos serviços públicos, de destruição das capacidades produtivas do distrito, de continuidade e agravamento da crise económica e social. É claro que nós também queremos a ruptura com a política de direita, uma nova política e um novo rumo para o distrito e para o país e, como é óbvio é isto que o PS, PSD e CDS/PP não querem.

Nós queremos Apoiar e valorizar a agricultura familiar, os pequenos e médios agricultores e o crescimento da produção, nomeadamente com medidas de crédito e de escoamento da produção, e que combata o défice agro-alimentar do país e é claro que o PS, PSD e CDS/PP não querem.

Nós queremos  Apoiar e valorizar o sector dos têxteis e vestuário, criando condições para a inovação, a criação de uma marca regional orientada para o mercados internacionais, a consolidação e desenvolvimento dos padrões de qualidade, a migração para novos produtos técnicos e com incorporação do conhecimento contribuindo assim para o equilíbrio da balança comercial e é evidente que o PS, PSD e CDS/PP não querem;

Nós queremos Dinamizar a economia e o mercado nacional, apoiar o aparelho produtivo e os micro, pequenos e médios empresários e já todos vimos que o PS, PSD e CDS/PP não querem e depois como satisfaziam os belmiros, amorins e outros que tais?

Nós queremos Desenvolver o ensino superior e a investigação públicas e a vida mostra que o PS, PSD e CDS/PP não querem;

Nós queremos Promover a fixação e atracção de população jovem como forma de rejuvenescimento demográfica e inverta o processo continuado de desertificação é notório que o PS, PSD e CDS/PP não querem.

Nós queremos Respeitar quem trabalha e defender os direitos dos trabalhadores e das populações e já todos percebemos que o PS, PSD e CDS/PP não querem;

Nós queremos Defender e implementar serviços públicos de qualidade e proximidade, de um Serviço Nacional de Saúde universal, geral e gratuito e de uma Escola pública para todos e já se viu que o PS, PSD e CDS/PP não querem;

Nós queremos Promover a elevação do nível de vida das populações através da garantia de melhores salários, valorizando o Salário Mínimo Nacional e aproximando o salário médio no distrito ao salário médio nacional claro que o PS, PSD e CDS/PP não querem;

Nós queremos Promover o trabalho com direitos e combater a discriminação salarial apoiada no sexo e uma melhor e mais justa distribuição da riqueza é obvio que o PS, PSD e CDS/PP não querem porque era entrar nos bolsos dos seus clientes;

Nós queremos Valorizar as prestações sociais como verdadeiros direitos e não numa perspectiva assistencialista, garantindo um verdadeiro combate à pobreza e à exclusão social e está visto que o PS, PSD e CDS/PP não querem pois preferem brincar à caridadezinha.

Minhas amigas, meus amigos
Caras e caros camaradas,
Eles votaram contra ou abstiveram-se e o plano de emergência foi transitoriamente parado mas valeu a pena termos colocado esta questão no centro do debate político e valeu a pena termos levado a sua discussão à Assembleia da República. Hoje todos sabemos o que cada força política pensa sobre o assunto e todos sabemos o que cada um dos partidos faria se estivesse no governo.

Pela parte que nos toca queremos aqui afirmar solenemente que se pela vontade dos trabalhadores e do povo eu for eleito deputado da CDU pelo Distrito de Castelo Branco tomaremos a iniciativa de repor as medidas e as propostas constantes do Plano de Emergência na agenda da Assembleia da República e da governação.

Mas, para isso, é preciso mudar de música, de tocadores e de maestro. É a hora de dar a batuta à CDU.

E que urgente é mudar de maestro. José Sócrates já mostrou que anda à deriva. Agora já não tem coragem de se deslocar ao distrito às claras. Os programas de visitas são feitos a vários tempos e com mensagens, horas e locais contraditórias, algumas até são anunciadas em cima da hora. Quase apetece dizer que passou voluntariamente à clandestinidade.

É óbvio que quem tanto prometeu e tão pouco fez só pode sentir-se incapaz de enfrentar o povo que o elegeu.

Por isso, a ser verdade o que diz a comunicação social sobre a candidatura de José Sócrates como cabeça de lista do PS pelo Distrito, quero saudar o regresso ao distrito que ele esqueceu em quatro anos e quero endereçar-lhe o convite para os debates que é necessário fazer sobre a situação e a as propostas para o distrito.

Quem não deve não teme. Assim sendo cá fico à espera dele.

Mas a campanha não é só isto. È necessário pôr os pés a caminho. É preciso contactar, ouvir e propor. É urgente passar a palavra da esperança e da confiança que a CDU irradia.

A partir de agora nada nem ninguém nos vai parar.

Ninguém pára a CDU.

A CDU avança com toda a confiança

Viva A CDU!

Viva o Distrito de Castelo Branco!

Vivam os trabalhadores e as Populações!

apoiantes_modulo.jpg

«Eu talvez seja o único administrador aqui que vou terminar onze anos sem qualquer tipo de correcção no meu salário.» - Fernando Pinto, administrador da TAP, que recebeu, em 2008, mais de 800 mil euros, i, 13 de Agosto de 2009

Candidatos Legislativas 2009

Não há novos eventos
Balanço de 4 anos do Governo PS/Sócrates
LegislativasNotícias e Intervenções4 anos de políticas de direita4 anos de lutaCandidatosVídeos Proposta