Jantar-comício em Santarém
«Não há política de esquerda sem a CDU»
23 de Setembro de 2009

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Jerónimo de Sousa acusou o PSD de ter uma agenda escondida e o PS de ter uma agenda adiada prontas a serem aplicadas depois das eleições. No jantar-comício em Santarém, o secretário-geral do PCP manifestou confiança na eleição de António Filipe para deputado pelo distrito.

Depois de um almoço-comício de sala cheia na freguesia do Couço, nova enchente em Santarém, com cerca de 300 activistas e apoiantes da CDU no jantar que a Coligação realizou na cidade.

Na mesa da presidência da iniciativa, acompanhavam Jerónimo de Sousa, para além de dirigentes nacionais e regionais do PCP, do Partido Ecologista «Os Verdes» e da Intervenção Democrática (ID), o primeiro candidato da CDU à Assembleia da República pelo círculo eleitoral de Santarém, António Filipe, e o cabeça de lista da Coligação à autarquia, José Marcelino.

E foi José Marcelino quem primeiro usou da palavra para manifestar preocupação pela situação do concelho e garantir que, também aqui, a CDU é a força da mudança. Assim, frisou, «um bom resultado para a CDU será um bom resultado para Santarém».

Antes de Jerónimo de Sousa, dirigiu-se aos participantes na iniciativa João Luis Madeira Lopes, da ID, que afirmou estar na hora de pôr fim às ilusões criadas pela alternância sem alternativa propostas por PS, PSD e CDS.

A provar que nenhum dos partidos que tem governado Portugal nos últimos 33 anos é solução, está a situação em que se encontra o País, retomou o secretário-geral do PCP na intervenção de encerramento do jantar em Santarém, no qual, notou também, estiveram presentes muitos independentes, expressão da grande coligação que é a CDU. Só nas listas para as autárquicas do dia 11 de Outubro integramos mais de 14 mil independentes. Quando nos falam de coligações, respondemos que temos esta, a CDU, expressou. O País está pior «O País está pior do que quando Sócrates alcançou a maioria absoluta», insistiu Jerónimo de Sousa dando como exemplos o desemprego, as injustiças sociais, a cada vez mais desigual distribuição dos rendimentos, o agravamento dos défices estruturais, o abandono do aparelho produtivo e da produção nacional e a crescente dependência face ao estrangeiro.

Sócrates desculpa-se, primeiro com o défice e depois com a crise internacional, procurando apresentar-se agora ao eleitorado com a cara lavada e novas promessas. Mas não havia crise quando o PS aprovou o Código do Trabalho, ou quando atacou a Segurança Social e arruinou a agricultura, as pescas, o pequeno comércio. «A crise teve consequências, mas não iliba o governo», afirmou.

«O mesmo em relação ao défice», continuou, que é maior no fim desta legislatura do que o deixado pelo governo Durão/Santana Lopes. Se assim é e afirmam querer continuar a governar sem alterar o rumo, «então a quem vão cobrar? A quem vão exigir novos sacrifícios depois das eleições?», questionou. «Se o PS voltasse a ter maioria absoluta, voltaria à ofensiva», afirmou. «Primeiro iria usar de novo as contas públicas, e depois o Pacto de Estabilidade e Crescimento», sintetizou.

«Nem PS nem PSD disseram uma palavra sobre isto durante a campanha eleitoral. Mantiveram-se calados que nem ratos», prosseguiu Jerónimo de Sousa, para quem «se a direita tem uma agenda escondida, o PS tem uma agenda adiada».

A concluir, o secretário-geral do PCP sublinhou que o que faz falta é uma ruptura com a política de direita e que «não há política de esquerda sem a CDU».

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