A encerrar o quarto dia de campanha, a comitiva da CDU rumou a Guimarães, onde Jerónimo de Sousa sublinhou que êxito das acções da Coligação fica demonstrado pelo «expressivo e entusiástico apoio» à força «que se apresenta como a grande alternativa de esquerda às desastrosas políticas de direita que têm conduzido o País ao atraso, à ruína e à crise».
Os primeiros a subir ao palco no Largo do Toural, no centro histórico da Cidade Berço, foram o grupo de música popular portuguesa «Cantares da Terra», que depois de manifestarem o muito orgulho que sentem em pertencer à CDU, lembraram que «assim se faz Portugal, uns porreiro outros mal». Os presentes na praça ainda amena como a noite gostavam do repertório e dos apartes, e entre modas do cancioneiro tradicional português, as bandeiras coloridas foram-se aglomerando nas mãos de grupos de camaradas que chegavam das ruas e cafés adjacentes.
Foi já com uma moldura humana consistente que o cabeça de lista à Câmara Municipal, Salgado Almeida, sublinhou que a CDU parte para este combate eleitoral com a confiança e convicção com que enfrenta as lutas quotidianas, travadas «para que a riqueza que todos os dias se produz seja por todos distribuída com maior justiça e equidade».
Compromisso com o povo
Por isso a CDU apresenta-se «perante o povo português com a consciência tranquila de quem não só soube honrar os seus compromissos, como realizou como ninguém um meritório trabalho a favor dos trabalhadores, dos reformados, dos agricultores, dos micro, pequenos e médios empresários e das populações», disse Jerónimo de Sousa.
O mesmo não podem dizer os que se têm revezado no Governo e que agora «querem continuar a iludir os portugueses passando de uns para outros a responsabilidade pela situação do País».
O PS e José Sócrates prometeram desenvolvimento, crescimento económico, atenção aos problemas sociais, mais e melhor emprego e mais igualdade na distribuição do rendimento nacional, mas não cumpriram nenhuma das promessas feitas. «Ao fim de mais de 4 anos de Governo PS, a generalidade dos portugueses sabe que a sua vida piorou. E bem pode o Governo negá-lo, negando a realidade», continuou o Secretário-Geral do PCP.
A CDU é a alternativa
Mas este estado de coisas não é uma fatalidade. «Os graves problemas do País têm solução. Existe uma política, um modelo de desenvolvimento verdadeiramente alternativo e uma força disponível para encontrar os caminhos da sua concretização – a CDU», acrescentou.
Assim, «dizemos aos trabalhadores e ao povo, incluindo àqueles que votaram no PS e foram defraudados nas suas aspirações e interesses por um Governo que fez o contrário do que anunciou, que dêem força à CDU, reforcem a CDU e a alternativa chegará, num tempo tão mais próximo quanto maior for esse reforço e esse apoio», porque, concluiu Jerónimo de Sousa, «quanto mais pesar a CDU em votos e deputados mais peso terá uma política de esquerda, mais força terão os que aspiram a uma verdadeira mudança, mais perto estará a alternativa».
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