PCP toma posição sobre a eleição de Durão Barroso
16 de Setembro de 2009

A aprovação pelo Parlamento Europeu da proposta de indigitação de Durão Barroso para Presidente da Comissão Europeia representa a continuidade das políticas e orientações comunitárias que têm presidido ao actual rumo neoliberal, federalista e militarista da União Europeia.

1 – A aprovação pelo Parlamento Europeu da proposta de indigitação de Durão Barroso para Presidente da Comissão Europeia representa a continuidade das políticas e orientações comunitárias que têm presidido ao actual rumo neoliberal, federalista e militarista da União Europeia.
Políticas e orientação que, é importante recordar, estão na origem da profunda crise económica e social que afecta os vários Estados membros da União Europeia, com consequências devastadoras para milhões de trabalhadores e para os povos.

2 – A reeleição de Durão Barroso significa, como o próprio já fez questão de referir, não só a continuação mas o aprofundamento das políticas que estão na raiz dos violentos ataques aos direitos dos trabalhadores no continente europeu, ao desmantelamento e privatização das funções sociais dos Estados e à liberalização dos serviços públicos.

3 – Para o PCP o facto de o agora reeleito Presidente da Comissão Europeia ser um cidadão português em nada altera a sua avaliação do percurso político e das políticas que Durão Barroso defendeu, defende e executa em Portugal ou na União Europeia.
Para o PCP o que está em causa não são as pessoas mas sim as políticas. O PCP não esquece que o ex-primeiro ministro português é aquele que participou na cimeira da guerra realizada nos Açores dando total cobertura à criminosa guerra do Iraque e que agora defende e exige dos Estados membros da União Europeia um maior envolvimento na guerra do Afeganistão. Durão Barroso é um dos impulsionadores da acelerada militarização da União Europeia no quadro de uma NATO cada vez mais agressiva.
O PCP não esquece que Durão Barroso é um destacado defensor – tal como o actual Primeiro-ministro português – do Tratado de Lisboa e da imposição anti-democrática de um novo referendo na Irlanda, marcado já por inaceitáveis pressões exteriores.
O PCP não esquece que Durão Barroso teve e continuará a ter um papel central na definição e execução de políticas comunitárias profundamente contrárias aos interesses nacionais, designadamente na economia, indústria, energia, nas pescas ou agricultura.
Estas, são razões mais do que suficientes para o PCP e o Grupo em que se integra – Esquerda Unitária Europeia / Esquerda Verde Nórdica – terem votado contra a proposta do Conselho de reeleição de Durão Barroso.

4 – O PCP não pode deixar de registar que, num quadro em que o PS se esforça por apresentar diferenças face ao PSD durante a actual campanha eleitoral, tenha precisamente convergido com a direita no apoio à recondução de Durão Barroso e à continuidade das políticas abertamente neoliberais que estão na origem das injustiças e desigualdades que se registam no País e na União Europeia.


5- O acordo obtido entre liberais, direita e parte considerável da social democracia no Parlamento Europeu em torno da recondução de Durão Barroso vem demonstrar mais uma vez que uma outra política de progresso e desenvolvimento social, de justa redistribuição da riqueza, de combate à pobreza e ao desemprego na União Europeia só pode ser obtida pela intensificação da luta dos trabalhadores e dos povos dos Estados membros.

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«(A Qimonda) É um assunto extremamente complexo e temos de ter paciência, temos de ter fé e temos de esperar.» -- Manuel Pinho, ministro da Economia, 12 de Fevereiro de 2009

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