Carta do PCP a Carla Viana, jornalista do Público
26 de Maio de 2009

O PCP dirigiu uma carta a Carla Viana, jornalista do Público, pela afirmação da reportagem da edição de 24 de Maio, que insinuava que a expressão “Sim, é possível” é retirada do slogan usado por Obama na sua campanha eleitoral. Prova de que não corresponde à verdade, é o facto de no Encontro Nacional do PCP “Sobre a acção e organização do Partido nas empresas e locais de trabalho”, realizado em 2002, ser usada pela primeira vez a expressão “Sim, é possível um PCP mais forte”, muito anterior ao tempo de campanha de Obama. 

Ex.ma Sr.ª Jornalista Clara Viana

Jornal Público

Sem pretender entrar em outros juízos a propósito do texto da reportagem sobre a Marcha da CDU assinado por si na edição do Público de 24 de Maio registamos, repetida uma vez mais, a afirmação “ Jerónimo despede-se com Sim, é possível, uma frase que a CDU insiste que inventou antes de Obahma.” 

Apenas porque o escreveu transporta a insinuação de que o PCP insiste em algo menos rigoroso ou mesmo falso, tomamos a iniciativa de lhe enviar fotos da iniciativa realizada em Outubro de 2002 – Encontro Nacional do PCP – “Sobre a acção e organização do Partido nas empresas e locais de trabalho”, (altura em que a esmagadora maioria dos portugueses, jornalistas incluídos, desconheciam a existência de um recém eleito senador com aquele nome) onde pela primeira vez se usou a expressão “Sim, é possível um PCP mais forte”. 

Estará assim em condições de testemunhar que o uso da expressão “Sim, é possível” (aliás não coincidente com a tradução literal “Sim, nós podemos” que Obahma utilizou seis anos mais tarde) é anterior à usada naquela campanha eleitoral. É este o esclarecimento que mais uma vez prestamos, perante a despropositada insistência a que alguns recorrem, à margem de uma disputa despropositada sobre titularidades de slogans ou expressões políticas. 

Porque acreditamos que queira pautar a sua actividade por critérios de rigor, e que a sua expressão inserida no texto referido, se deve sobretudo a falta de informação e não a preconceitos indesejáveis em quem tem por responsabilidade informar com respeito pela verdade, receba os nossos cumprimentos, 

25.5.2009

O Gabinete de Imprensa do PCP