Comício em Évora
Intervenção de José Luís Ferreira, Membro da Comissão Executiva Nacional do PEV
13 de Setembro de 2009

Boa tarde, Amigos e companheiros,
Antes de mais e em nome da Direcção do Partido Ecologista “Os Verdes”, gostaria de saudar as restantes forças que compõem a Coligação Democrática Unitária, o Partido Comunista Português e a Associação Intervenção Democrática.


Uma saudação que naturalmente se estende aos muitos independentes que de norte a sul do País se juntaram a nós, e a todos os candidatos e activistas da CDU, que activamente se têm envolvido nesta luta e cujo contributo e empenho, se torna imprescindível para transformar este desafio eleitoral num grande reforço da verdadeira esquerda alternativa, que é a Coligação Democrática Unitária.


Numa altura em que procedemos ao arranque da campanha eleitoral, aqui no Alentejo, na linda cidade de Évora, é também altura de reafirmar a extrema importância que o acto eleitoral do próximo dia 27 de Setembro, representa para o nosso destino colectivo.
Uma importância que advêm, não do facto de se escolher um primeiro-ministro, porque não é disso que se trata, ao contrário do que nos querem fazer crer, aqueles que pretendem reduzir a vida política nacional ao PS e PSD, que ainda por cima são os grandes responsáveis pela situação que o País e os Portugueses vivem, que ainda por cima, cada vez se confundem mais nas políticas que praticam, e que ainda por cima têm governado sempre para os mesmos, os mais favorecidos.


Mas nós não vamos em cantigas, sabemos que há mais mundo para além deles, e sabemos que o que está em causa é a eleição de 230 deputados, de uma Assembleia da República a quem compete legislar, fiscalizar e definir políticas.
Uma Assembleia, onde os deputados dos Verdes e do PCP, foram uma presença constante e incansável na defesa de um desenvolvimento sustentável e na procura de maior justiça social.
É também certo que durante a campanha eleitoral, PS e PSD vão agir como se não tivessem nada a ver com a grave situação que o País atravessa. Vão lavar as mãos, como fez Pilatos ou enfiar a cabeça, na areia, como faz a avestruz.


Mas nós não vamos em cantigas, sabemos que o mundo não começou agora, e são eles, os únicos responsáveis pela situação que a generalidade dos Portugueses hoje vive.
Com as suas políticas neo-liberais o PS e a direita colocaram Portugal como o País da União Europeia com mais desigualdades na distribuição da riqueza e um dos que tem mais população em risco de pobreza.


Foram eles que no interesse exclusivo do mercado, privatizaram serviços públicos essenciais, com fortes penalizações para a generalidade dos Portugueses.
De facto, têm sido essas políticas que, subvertendo intencionalmente o primado das Funções Sociais do Estado levaram a um preocupante retroceder de direitos essenciais, na Educação, na Saúde, na Justiça, na Segurança Social, mas também nos valores naturais.
Os resultados são bem visíveis.
Aumenta o número de estudantes que abandonam os estudos porque não conseguem pagar as propinas.


O recurso à Saúde vai ficando cada vez mais longe e parte significativa das camadas sociais mais fragilizadas, deixa de comprar medicamentos porque não tem condições financeiras para o fazer.
O acesso à Justiça é cada vez mais, só para alguns e uma miragem para muitos.
A redução real dos salários da esmagadora maioria dos Portugueses, tem sido uma constante.
O desemprego alastra a um ritmo assustador.
Depois disto, vêm agora encher-nos de promessas coloridas para o futuro, quando o passado apenas mostra práticas cinzentas. Vêm agora prometer “mundos e fundos” e falar-nos do voto útil.


Mas nós não vamos em cantigas, porque sabemos que o que verdadeiramente dá utilidade ao voto, não é votar em quem ganha, a utilidade do voto só pode ser aferida pelo reflexo positivo que de facto, o voto pode ter nas nossas vidas, no nosso dia a dia.
È por isso que, de forma consciente, afirmamos que o voto útil é na CDU, porque ajuda a eleger deputados que na Assembleia da República defendem de forma intransigente os interesses da generalidade dos Portugueses, sobretudo dos mais desfavorecidos.
Deputados que combateram intransigentemente as politicas neo-liberais e apresentaram propostas no sentido de inverter esta tendência, que tem permitido que a pobreza alastre, ao ritmo do aumento dos lucros, dos grandes grupos económicos.


Foram “Os Verdes”, e a CDU que ao longo desta legislatura defenderam a água e os recursos hídricos como um direito ao serviço das populações e nunca como mercadoria, o correcto financiamento das áreas protegidas, a gestão ambientalmente sustentável dos resíduos industriais perigosos, que na nossa perspectiva, não podem ser transformados em combustíveis subsidiados pelo Estado para engordar as cimenteiras.
Fomos nós que defendemos a salvaguarda do princípio da precaução, no que diz respeito às variedades transgénicas agrícolas, que eles nos querem impor, ao arrepio da vontade das autarquias, de se constituírem em Zonas Livres de OGM´s e dos direitos de agricultores e consumidores.


Foram “Os Verdes”, e a CDU que denunciaram os atropelos no que se refere ao ordenamento do território e o assalto promovido a zonas sensíveis através dos PIN e PIN+ para grandes empreendimentos turísticos.
Fomos nós que combatemos as políticas que procuraram remeter o ambiente para segundo plano, invariavelmente atrás dos interesses económicos, na tentativa de transformar os recursos naturais num mero negócio, seguindo uma visão mercantilista neoliberal da natureza.
Foram “Os Verdes”, e a CDU que propuseram medidas eficazes para reduzir as emissões de gases com efeito de estufa; que combateram a tentativa de transformar a política de conservação da natureza numa oportunidade de negócio; que combateram a privatização de importantes sectores como a energia ou os transportes.


Estivemos sempre do lado certo, do lado das populações, do lado dos interesses da generalidade dos Portugueses, por isso afirmamos com toda a clareza, que a Coligação Democrática Unitária tem para apresentar aos eleitores um património rico em trabalho, em propostas, em acção, mas também em luta efectiva.
 Um património de verdade, de defesa da justiça social e da sustentabilidade ambiental. Um património feito de pessoas para pessoas, de cidadãos para cidadãos, de eleitos e activistas para eleitores.
E é por isso que não temos dúvidas em afirmar que o reforço da CDU é indispensável para a imperiosa mudança de políticas que o País há muito reclama.
E portanto, no dia 27 de Setembro, temos de lhes dizer que não vamos em cantigas.
Vamos contribuir para a mudança.
Viva a CDU!!!

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«A Qimonda tem todas as condições para continuar visto que é uma fábrica de enormíssima qualidade.» -- Manuel Pinho, ministro da Economia, 23 de Janeiro de 2009

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