Comício em Alpiarça
A maior iniciativa da campanha no distrito
23 de Setembro de 2009

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Ainda os acordes soavam no Largo do Águias, no centro de Alpiarça, quando a caravana da CDU chegou ao local do comício. Apesar do gosto com que desfrutavam a música interpretada por gente que toma Partido, a multidão que enchia completamente a praça - «que podia ser baptizada de praça da esperança», como diria no seu discurso Jerónimo de Sousa -, levantou-se e saudou a CDU e o secretário-geral do PCP.

Depois de chamados para o palco todos os elementos da lista da Coligação às legislativas pelo distrito, e de João Corregedor da Fonseca e Francisco Madeira Lopes terem desferido acutilantes críticas ao governo PS/Sócrates e às falsas alternativas PSD e CDS, António Filipe, primeiro candidato à Assembleia da República pelo círculo eleitoral local, começou por garantir que esta era seguramente «a maior iniciativa de massas no distrito de Santarém durante o período eleitoral».

Reflexo, aliás, «do que tem sido a nossa campanha de mobilização, esclarecimento e contacto com as pessoas, feita com os trabalhadores, à porta das empresas; com os utentes dos serviços de saúde, com os agricultores esmagados pela concorrência desleal e pela falta de apoios do governo, com os pequenos comerciantes», com todos «os que trabalham e sofrem» e com quem «temos muito a aprender».

«Mas nesta campanha eleitoral parece que vale tudo», disse ainda António Filipe aludindo a um folheto eleitoral distribuído pelo PS, cujos «dois primeiros pelo círculo de Santarém são membros do governo. E imaginem que prometem para o distrito relançar a agricultura, promover o investimento público, apoiar as pequenas e médias empresas, promover o emprego, defender o SNS, investir a segurança».

«É preciso muita lata para voltar a prometer exactamente o contrário do que fizeram nestes últimos quatro anos», acrescentou o cabeça de lista considerando que «não nos podemos fiar nesse discurso de campanha eleitoral, porque a prova do bolo é comê-lo, e dos partidos da direita e do governo do PS já nós estamos empanturrados».

«Por isso, estamos confiantes que com o nosso trabalho até ao dia 27 e com o resultado que vamos obter, vamos dar uma grande contribuição, aqui no distrito de Santarém, para que se possa viver melhor em Portugal com a convicção de isso é possível, e para um grande resultado da CDU», concluiu.

Mais força para lutar

«Pelo que vimos hoje podemos afirmar que o António Filipe vai ser eleito para a Assembleia da República pelo distrito de Santarém, e Alpiarça vai dar um grande contributo para confirmar essa eleição», disse Jerónimo de Sousa na última intervenção da noite na vila ribatejana.

Face à importância de que se reveste a actual batalha eleitoral, é, no entanto, «importante que até ao dia 27 de Setembro cada um assuma a responsabilidade não só de votar, mas de ganhar mais gente para a CDU. É que os próximos anos vão ser determinados pelos resultados do próximo domingo, em que os portugueses vão ter que optar pela manutenção da mesma política, dos mesmos do costume no poder, ou procurar a ruptura e a mudança na vida política nacional», exortou Jerónimo de Sousa perante uma plateia combativa.

«Já aqui foi referido a que ponto chegou este País», continuou o secretário-geral do PCP. Mais de dois milhões de pobres; gente que empobrece a trabalhar; 1/3 dos reformados com menos de 300 euros; 200 mil desempregados sem subsídio; mais de 17 mil pequenas e médias empresas que fecharam portas o ano passado; endividamento e a maior dependência agroalimentar e energética do País, sintetizou. «Foi isto que Sócrates deixou. Mas quem o houve parece uma donzela purificada que nada tem a ver com isto».

«Alguns socialistas dizem que sim senhor, temos razão, mas que não há dinheiro para nada, que as contas públicas estavam uma miséria. Ai sim? Então mas não havia dinheiro para as reformas, os salários, para apoiar a nossa agricultura, as pescas, a industria, e assim que a banca abanou devido à especulação com que encheram os bolsos, Sócrates disponibilizou logo 20 mil milhões de euros para os ajudar», lembrou o secretário-geral do Partido.

«Este é que é o problema, as dificuldades não foram para todos. Este governo fez uma opção. Só lhe faltava bater no peito exibindo coragem, mas coragem não é bater nos mais fracos», afirmou ainda.

«E é isso que está em causa no próximo domingo». Optar pelo elemento novo, «por esta CDU que tem prova na sua luta e intervenção», esta «força amiga» que «mobilizou os trabalhadores, os reformados, os agricultores e todos os que foram atingidos por esta política», e que agora, nas eleições, mais força terá, mais voz terá na Assembleia da República para que «vocês tenham mais força para lutar», concluiu Jerónimo de Sousa.

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