1º Candidato da CDU às Eleições Legislativas 2009, pelo Círculo de Setúbal
Intervenção de Francisco Lopes
20 de Junho de 2009

Francisco Lopes

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Camaradas e amigos

Uma forte saudação a todos vós, aos membros do PCP, do Partido Ecologista “Os Verdes”, da Intervenção Democrática, a todos aqueles que não têm filiação partidária e estão connosco neste grande projecto da CDU. 

Camaradas e amigos

Somos hoje confrontados com as consequências do agravamento da crise do capitalismo e os efeitos da política de direita das últimas décadas. Essa realidade está bem vincada no distrito de Setúbal como em todo o País.

O Governo PS prosseguiu e aprofundou a política do PSD e do CDS/PP, fragilizou o aparelho produtivo, travou o desenvolvimento económico, estrangulou as pequenas e médias empresas, aumentou o desemprego e a precariedade, estimulou o ataque aos direitos dos trabalhadores, reduziu o poder de compra e alargou a pobreza que afecta particularmente uma grande parte dos reformados.

O Governo PS encerrou serviços de saúde, não resolveu a grande carência de médicos e enfermeiros, atrasou o reforço da rede hospitalar e a resposta à insuficiência da rede de transportes e acessibilidades.

O Governo PS tem uma elevada responsabilidade no acentuado corte do investimento público da Administração Central no distrito, com significativas quebras em termos reais e pela política de atrofiamento das receitas das autarquias.

É uma política de injustiças sociais e declínio, cujos efeitos são profundamente sentidos.

Apesar das consequências de uma política governamental negativa, a vitalidade da luta dos trabalhadores e das populações e uma intervenção altamente positiva do poder local democrático em que a CDU tem um papel determinante, conseguiram grandes avanços e um índice de qualidade de vida na região dos mais elevados do País.

Os trabalhadores, a população, o poder local democrático, o movimento sindical unitário, as organizações populares, tal como o PCP e os seus aliados na CDU não desistiram, não aceitaram a arrogância do PS que diziam, tudo poderia impor sem que ninguém lhe pudesse resistir, não se resignaram a uma realidade em que são desperdiçadas as potencialidades do distrito e marcaram a diferença.

A política do Governo PS quanto ao distrito de Setúbal fica nestes anos bem definida pela sua prática e pelas emblemáticas declarações do Ministro das Obras Públicas Mário Lino, quando tentou tudo para impedir a localização do novo aeroporto na península de Setúbal.

Como muitos se recordam afirmou então que a margem sul é “um deserto”, “onde não há gente, onde não há escolas, onde não há hospitais, onde não há cidades, onde não há indústria, onde não há comércio, onde não há hotéis”.

Foram afirmações que demonstraram ignorância, mas acima de tudo clarificadoras de uma concepção.

O Governo PS fez tudo o que pode para impedir a localização do novo aeroporto na Península, mas foi obrigado a decidir a sua localização aqui. Foi obrigado a decidir a terceira travessia do Tejo, a ponte Barreiro/Chelas. Foi obrigado a concretizar a primeira fase do Metro Sul do Tejo, bem como outros importantes investimentos. Valeu a pena propor, persistir, lutar, no poder local, com as acções dos trabalhadores e das populações, na Assembleia da República.

A CDU fez da construção do novo hospital no concelho do Seixal, para servir este concelho, Sesimbra e Almada, descongestionando o Hospital Garcia de Orta, uma das importantes propostas do compromisso assumido nas últimas eleições legislativas. O poder local, as associações de utentes, a população desenvolveram, ao longo destes anos, uma importante movimentação de massas, sempre acompanhada da intervenção e iniciativa na Assembleia da República. O Governo PS andou a fugir, foi obrigado a assumir o compromisso da construção do hospital, tentou adiá-lo, acabou por se responsabilizar pela construção, apresentou uma concepção de hospital sem urgência e sem internamento. A semana passada a Ministra da Saúde decidiu a integração de uma urgência básica. Palmo a palmo, com a luta e a intervenção vamos avançando. È preciso continuar para que se acrescente o internamento e para que finalmente se inicie a sua construção. Prosseguiremos esta intervenção para que o Hospital avance, tal como prosseguiremos a intervenção para que a ponte Barreiro/Chelas seja construída.

Lutaremos para que outros grandes projectos finalmente se concretizem, mas queremos que eles se traduzam no desenvolvimento do distrito, de cada um dos seus concelhos, ao serviço das populações, que não sejam pretexto para volumosos negócios ou vias rápidas que façam passar o desenvolvimento e a qualidade de vida ao lado da região e por isso nos batemos por um desenvolvimento integrado.

O PCP prosseguindo uma experiência única no país em que as autarquias e as associações de municípios se empenharam numa visão global de desenvolvimento, elaborou e apresentou na Assembleia da República, cumprindo um compromisso assumido nas últimas eleições a proposta duma Estratégia de desenvolvimento do Distrito de Setúbal e planos integrados para a concretizar. O PS e o PSD, comprovando-se como forças contrárias ao desenvolvimento do distrito votaram contra, mas nós insistimos e insistiremos na Assembleia da República e esse será também um dos eixos do nosso compromisso para o futuro.

Camaradas e amigos

Estamos aqui neste comício, com satisfação pelos importantes resultados da CDU e pela derrota do Governo PS, fruto da luta e do voto, nas eleições para o Parlamento Europeu, com preocupação pela situação do País e do distrito e pelos problemas dos trabalhadores e do povo, com a uma grande confiança de que é necessário e possível uma vida melhor.

Uma vida melhor, que passa pela luta e o trabalho de todos os dias, que passa por um novo avanço da CDU, pelo seu reforço nas próximas eleições para a Assembleia da República e para as autarquias locais.

Foram apresentados hoje os primeiros cinco nomes da lista da CDU para as próximas eleições legislativas no círculo eleitoral de Setúbal. Os primeiros nomes de uma lista, que se integra no grande colectivo de eleitos e candidatos autárquicos, de activistas do movimento dos trabalhadores, do movimento popular, dos militantes e activistas das forças que constituem a CDU.

Candidatos que assumem um compromisso com Setúbal – o distrito, a península, o litoral alentejano –, com os trabalhadores, a juventude, o povo desta terra.

Compromisso por uma nova política. Com propostas de dinamização dos sectores produtivos na indústria, na agricultura e nas pescas, de criação de emprego, investimento público com o reforço dos meios do poder local, apoio às PME. Com propostas de serviços públicos eficientes, da defesa e desenvolvimento do Serviço Nacional de Saúde, da escola pública, de acessibilidades e transportes, de prevenção e reforço da segurança das populações. Com propostas de valorização do trabalho e dos trabalhadores, de melhoria de salários, de combate à precariedade, por emprego com direitos, melhoria das pensões e efectiva protecção dos desempregados, de reforço das infra-estruturas e dos apoios sociais. Com propostas de defesa do meio ambiente e do património e de promoção da cultura.

Compromisso de trabalho e luta por uma vida melhor, uma região mais desenvolvida e uma sociedade mais justa.

A solução dos problemas do País e da região não é possível sem o fortalecimento da CDU.

Fomos e somos a verdadeira oposição nas palavras e na acção.

Somos a força da indignação e do protesto, mas também a força de construção e obra ao serviço das populações. Característica distintiva que justifica o reforço da CDU no poder local, com confirmação e reforço de maiorias e a conquista de novas maiorias. Característica distintiva de uma força cujo reforço e contribuição é indispensável para resolver os problemas do País.

Somos a força com uma forma distinta de estar nos órgãos de poder. O trabalho, a honestidade, a competência, a dedicação, a ligação com os trabalhadores e as populações, cujos eleitos têm um compromisso exclusivo de estar ao serviço do povo e não de aproveitamento dos cargos em benefício próprio. Quando alguns afirmam que são todos iguais, é para nós motivo de grande satisfação podermos dizer com verdade e frontalidade, que não, que a CDU é diferente. Diferente pelo seu projecto e objectivos, diferente porque os seus eleitos têm o principio de não serem beneficiados financeiramente pelo exercício do mandato.

Somos a força cujo reforço dá mais peso e possibilidade de decisão às soluções para uma vida melhor que propomos e são indispensáveis.

Somos a força capaz de responder em todas as situações. Neste tempo de incerteza e insegurança no futuro, a CDU é a certeza e a segurança de um apoio e dum voto que servirá sempre para defender os interesses dos trabalhadores e do País.

A CDU mais forte é essencial, para a ruptura e a mudança, para uma nova política.

Iniciamos hoje aqui uma nova etapa, que nos vai conduzir às eleições legislativas e autárquicas dentro de escassos meses. A situação exige uma grande campanha de esclarecimento, uma campanha que não conta com apoios e favorecimentos dos grandes meios de comunicação social, que não conta com os meios financeiros que outros têm, mas que conta com a capacidade da grande, poderosa e criativa força militante que somos, conquistando apoio a apoio, voto a voto para uma grande votação na CDU.

Com toda a confiança

Por uma vida melhor

Viva a Juventude CDU

Viva o Partido Comunista Português

Viva a CDU

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«(A Qimonda) É um assunto extremamente complexo e temos de ter paciência, temos de ter fé e temos de esperar.» -- Manuel Pinho, ministro da Economia, 12 de Fevereiro de 2009

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