Mais de 300 pessoas encheram o Pavilhão Municipal de Monforte para o jantar-comício da CDU que fechou o terceiro dia de campanha oficial para as autárquicas. No encerramento da iniciativa, Jerónimo de Sousa destacou a diferença que faz as candidaturas da CDU serem portadoras de um projecto de desenvolvimento integral.

Antes de tomar a palavra o secretário-geral do PCP, foram chamados à mesa do comício os candidatos às freguesias do concelho, o mandatário concelhio da CDU, José Carlos Malato, o cabeça de lista à Assembleia Municipal, Florindo Paliotes, e o actual presidente da Câmara Municipal e candidato a um novo mandato, Rui Maia da Silva.

Num discurso emotivo por a Coligação «ter aqui juntado tanta gente», Rui Maia da Silva lembrou que «acabámos recentemente uma batalha eleitoral» na qual, «apesar dos arautos da desgraça, a CDU saiu reforçada».

«Outros arautos da desgraça, mas com a mesma formação, alegam que “Monforte está em perigo”. Mas nós dizemos daqui que Monforte não está em perigo, o que está em Perigo é o Alentejo em resultado das políticas de direita»

Sobre a força da Coligação no concelho, o cabeça de lista da CDU recordou as recentes acções de campanha porta-a-porta nas quais se juntaram dezenas de candidatos e activistas, facto que não apenas demonstra a força crescente desta candidatura, como assusta muito os nossos adversários.

A força do nosso projecto

A concluir a iniciativa, Jerónimo de Sousa agradeceu a presença de camaradas do Partido e de amigos do Partido Ecologista «Os Verdes», mas frisou a disponibilidade para integrarem a CDU, «este grande espaço democrático», mais de 15 mil independentes no maior número de listas às autarquias locais apresentadas pela Coligação desde 1986.

Mas para além deste aspecto, outro nos diferencia das demais forças políticas. O projecto autárquico que se fundamenta na procura de uma vida melhor para as populações, e, ao mesmo tempo, não prescinde do seu contributo, da sua participação na concretização desse mesmo projecto e na construção de uma vida melhor, expressou o secretário-geral do PCP.

Projecto que, «é também de desenvolvimento económico e social, de defesa dos bens públicos, como a água, que PS e PSD, aqui no distrito, ainda não garantiram querer manter como um serviço público», disse.

Numa região em que sobressaem «a desertificação, o abandono, as assimetrias regionais, o desemprego, particularmente entre os jovens, sem emprego com direitos nem salário justo, autarquias como a de Monforte - com trabalho e obra feita, isto apesar de ser um município mais difícil gerir, quer por estar no interior quer por não alinhar fielmente com os governos que se vão sucedendo -, têm um papel especialmente importante, pelo investimento de proximidade que podem garantir», explicou Jerónimo de Sousa antes de concluir com um forte incentivo ao trabalho e ao esclarecimento que, até 11 de Outubro, é o terreno mais seguro para assegurar a vitória.