Estímulo para continuar o combate
14 de Setembro de 2009

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Ainda Jerónimo de Sousa não tinha chegado às instalações da Autoeuropa e já vários activistas e candidatos da CDU distribuíam folhetos aos trabalhadores que entravam para o seu turno, vindos nos autocarros alugados pela empresa ou em viaturas próprias.

Integravam a comitiva da coligação operários da multinacional alemã que aproveitaram até ao último instante, antes de eles próprios entrarem ao serviço, para fazer campanha junto dos seus colegas. Outros, que saíam, juntavam-se depois a ela.

Mas não eram apenas estes a serem conhecidos dos trabalhadores da Autoeuropa, já que os militantes e activistas do PCP e da CDU são presença regular na empresa, distribuindo folhetos, esclarecendo e mobilizando para as lutas. Haja ou não eleições próximas.

A poucos minutos da saída dos trabalhadores do turno que então terminara, chegou Jerónimo de Sousa, acompanhado de Francisco Lopes, Bruno Dias, José Lourenço, Margarida Botelho e Fernanda Pezinho, candidatos à Assembleia da República, e Ana Teresa Vicente, presidente e candidata à Câmara Municipal de Palmela.

Ao mesmo tempo que saudavam os trabalhadores, Jerónimo de Sousa e os restantes activistas da CDU manifestavam o seu apoio à luta em defesa dos direitos que se trava na empresa. Mais do que promessas, o que os trabalhadores recebiam era, sobretudo, conforto e estímulo para prosseguirem com determinação o seu combate por uma vida melhor.

Recentemente, os trabalhadores da Autoeuropa rejeitaram, em referendo interno, um pré-acordo (proposto em conjunto pela administração e pela Comissão de Trabalhadores) que, uma vez mais, estipulava uma cedência de direitos. Como afirmou Jerónimo de Sousa em declarações à imprensa, tratou-se de um acto de «dignidade de classe», ainda para mais tendo em conta as enormes pressões que sofreram para a sua aceitação. «Não podem ser sempre os trabalhadores a pagar», acrescentou o Secretário-geral do PCP (os cinco principais gestores da Volkswagen aumentaram-se, entre 2007 e 2008, de 16,5 milhões para 45,5 milhões de euros).

«A CDU está a crescer, também aqui na Autoeuropa», realçou ainda Jerónimo de Sousa, lembrando que há uns anos, os trabalhadores recebiam os militantes comunistas de uma forma mais «fria e distante». Mas este crescimento verifica-se mesmo no interior da empresa, continuou: a célula do PCP tem cada vez mais militante e edita regularmente o seu boletim e os comunistas são eleitos em cada vez maior número para os órgãos representativos dos trabalhadores.

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