Mais votos e mais deputados
Confiança para a luta
27 de Setembro de 2009

Ver galeria

Ainda não eram 19 horas e já o salão do Centro de Trabalho Vitória, em Lisboa, estava repleto de activistas da CDU. Em primeiro plano estavam os jovens, que tanto deram de si nesta vigorosa campanha eleitoral. Com o passar do tempo, foram chegando mais, vindos, muitos deles, das mesas de voto, onde prestaram serviço durante todo o dia. O mesmo se passava por todo o país, em vários centros de trabalho do PCP.

Apesar de algum nervosismo, habitual em noites de eleições, foi com confiança que ao longo da noite todos os activistas presentes seguiram pela televisão os resultados eleitorais. Confiança alicerçada na notável campanha eleitoral realizada e na receptividade que as propostas da coligação tiveram por parte de tanta gente.

Confiança que, como se viu, se confirmaria com a perda da maioria absoluta por parte do PS e com o aumento do número de deputados e de votos na CDU. Estes eram, aliás, os objectivos traçados pela coligação para estas eleições e este último é sem dúvida a melhor forma de aferir a influência dos partidos que a compõem.

Ainda com os votos a serem contados, Jerónimo de Sousa dirigiu-se à sala de imprensa para fazer a sua declaração. Pelo meio, passou pelo salão onde estavam os apoiantes que não pararam de incentivar e apoiar a coligação. Foi então que o Secretário-geral do PCP destacou o aumento em cerca de 14 mil votos na CDU e o crescimento percentual até muito perto dos oito por cento.

Jerónimo de Sousa salientou ainda que a coligação contribuiu para a derrota do PS, retirando-lhe a maioria absoluta, que era uma questão sempre presente na intervenção e na luta» da CDU. A «acentuada quebra eleitoral do PS», afirmou, representa uma «condenação da política do actual Governo». Aliás, acrescentou, a perda da maioria absoluta constitui mesmo «um factor da maior importância no quadro da luta contra a política de direita e por uma viragem na vida política nacional».

Insistentemente questionado pelos jornalistas acerca do resultado alcançado por outras forças políticas, o dirigente do PCP não fugiu às perguntas, considerando que essa não era um objectivo nem uma questão central. Sendo evidente que existe alguma insatisfação, pois «poderíamos ter mais, estamos profundamente satisfeitos porque no essencial conseguimos os objectivos políticos que nos animavam». As autárquicas de dia 11, salientou ainda, será um momento para «afirmar a CDU como força a crescer, portadora de um insubstituível projecto de ruptura e mudança».

A declaração foi efusivamente saudada pelos muitos activistas que ali estavam e que ali ficaram até serem definitivos os resultados. Reagindo com satisfação a cada novo deputado eleito pela CDU, era patente a determinação para continuar, e ainda com mais força, a luta pela ruptura e pela mudança. Amanhã começa a campanha eleitoral para as eleições autárquicas e os activistas que estavam no Vitória e muitos outros, espalhados pelo País, voltarão a estar na campanha eleitoral, esclarecendo, mobilizando e conquistando mais e mais votos.

E, mais importante, lá estarão, nas empresas e nas cidades, vilas e aldeias do País, na primeira linha da luta em defesa dos direitos dos trabalhadores e do povo. Como sempre o fizeram. Como sempre farão. Que outra força pode afirmar isto, não estando a mentir?

LegislativasNotícias e Intervenções4 anos de políticas de direita4 anos de lutaCandidatosVídeos Proposta