CDU apresenta protesto contra a SIC
03 de Junho de 2009

A peça exibida pela SIC sobre o comício da CDU realizado ontem (dia 2) em Almada , naquela que foi uma das maiores iniciativas da campanha eleitoral entre todas as forças partidárias, constituiu um deplorável exercício de jornalismo que viola princípios de isenção e de ética a que um órgão de comunicação social deveria estar vinculado.

 

 

 

Exmº Senhor
Director da SIC

CC:    Entidade Reguladora para a Comunicação Social
    Comissão Nacional de Eleições

A peça exibida pela SIC sobre o comício da CDU realizado ontem (dia 2) em Almada , naquela que foi uma das maiores iniciativas da campanha eleitoral entre todas as forças partidárias, constituiu um deplorável exercício de jornalismo que viola princípios de isenção e de ética a que um órgão de comunicação social deveria estar vinculado.

Com efeito, desde as referências pejorativas à participação de Mário Nogueira como “artista convidado” do comício, passando pela tentativa de fixação por baixo das expectativas eleitorais da CDU quando refere que “(Ilda Figueiredo) sabe que só vai que ter outro colega em Bruxelas”, pela afirmação de que Jerónimo de Sousa não tem “nada de novo para dizer”, para terminar com a afirmação de que a “tanta gente” num comício da CDU é apenas “fruto das circunstâncias”, a peça exibida pela SIC perdeu o sentido da cobertura jornalística para se colocar definitivamente ao lado do estrito comentário político ao serviço dos adversários políticos da CDU.

Não nos admiramos que, na falta de argumentos, perante uma campanha eleitoral da CDU que se distingue de todas as outras pela grande participação de massas e o sentido combativo e prepositivo face aos problemas do país, a SIC recorra a lamentáveis exercícios de manipulação informativa inserida numa dinâmica que procura intervir directamente na construção do acto eleitoral. Contudo, por mais que sejam as simpatias ou missões que os proprietários da Estação tenham incumbido a esta, ou a algum dos seus jornalistas, para veicular, restará sempre a nossa convicção de que não deveria caber a um órgão de comunicação social o papel de promover ou desvalorizar candidaturas , conforme se verificou ontem.


Lisboa, 3 de Junho de 2009

Pela Coordenadora da CDU
Vasco Cardoso