|
João Correia
|
| Intervenção do 1º candidato pelo distrito de Viana do Castelo |
| 12 de Julho de 2009 | |
|
Na sua intervenção, João Correia interrogou os presentes sobre o trabalho dos deputados eleitos pelo distrito de Viana do Castelo, «onde estiveram os deputados eleitos pelo Distrito de Viana do Castelo? O que fizeram? Que medidas tomaram para defender o distrito?». Para o candidado, o reforço da votação na CDU é factor imprescindível para a luta e defesa dos interesses dos trabalhadores e população do Alto Minho. Camaradas e Amigos,
Uma forte saudação a todos vós, aos membros do PCP, do Partido Ecologista “Os Verdes”, da Intervenção Democrática, a todos aqueles que não tendo filiação partidária estão connosco neste grande projecto da Esta é uma lista de homens e de mulheres sérios e com uma ligação profunda ao mundo do trabalho na região, que vivem e sentem os problemas dos trabalhadores e do povo, e cujo único propósito é defender e lutar na Assembleia da República e fora dela, pelos valores e princípios do projecto de uma sociedade mais justa, humana e solidária. Esta é uma lista que assume um compromisso com o Distrito e as suas gentes, os trabalhadores, a juventude, os reformados, o Povo desta região. Compromisso de ruptura com as politicas de direita que têm governado o País nos últimos 33 anos, da responsabilidade do PS, PSD e CDS-PP – agravada pelos últimos quatro anos de Governo PS/Sócrates – que conduziu à situação dramática em que vivemos, com um distritro mais injusto, com mais desemprego, com mais dificuldades e desigualdades.
Mas esta é também uma lista de CONFIANÇA, de confiança na luta dos trabalhadores por um País mais justo, por uma vida melhor. De facto, o nosso Distrito, o distrito de Viana do Castelo, também sofre os efeitos da política de direita. O Governo PS prosseguiu e aprofundou a política do PSD e do CDS/PP, fragilizou o aparelho produtivo, travou o desenvolvimento económico, estrangulou as micro/pequenas e médias empresas, aumentou o desemprego, principalmente entre os mais jovens, e a precariedade, estimulou o ataque aos direitos dos trabalhadores, reduziu o poder de compra e alargou-se a pobreza, que afecta particularmente uma grande parte dos reformados. Como resultado das politicas seguidas pelos sucessivos governos, o que se tem verificado é que o distrito de Viana do Castelo tem sido esquecido pelos investimentos públicos, que o índice de envelhecimento da sua população tem vindo a acentuar-se, e que enferma de atrasos que se traduzem em índices de desenvolvimento que ou são iguais ou inferiores aos dos distritos do interior. Assistimos novamente ao flagelo da Emigração, como recurso a ter uma vida melhor. Em resumo, um atraso que é agravado pelo abandono a que os governantes o têm votado e que se traduz pelo desaparecimento de largas centenas de postos de trabalho na pesca, no sector têxtil, no ramo automóvel, no pequeno comércio, na indústria naval, nas pequenas explorações agrícolas. No distrito de Viana do Castelo, os números começam a assumir proporções de autêntico drama: nos últimos seis meses, mais de mil e setecentas pessoas perderam o seu emprego, o que representa um aumento de desempregados, nesse período, de quase 25%. Um flagelo sem fim à vista, que se traduz em cerca de 10.000 desempregados no total do distrito. A estes números há que somar o valor das pensões da Segurança Social pagos em Janeiro de 2009, aos 45.382 reformados do distrito, cujo valor médio é de € 297,12 (duzentos e noventa e sete euros e doze cêntimos).
Também não foi pelo distrito de Viana do Castelo que passaram as maravilhas de que José Sócrates não pára de se vangloriar. É bem caso para perguntar, para onde foram? Não queremos hoje fazer aqui o balanço da actividade dos deputados do PCP em defesa deste distrito. Adiante haverá espaço para isso. Mas uma vez que ainda para aí grande confusão em torno dos candidatos a vários lugares, em que até o director de um grande jornal invocou o caso dos candidatos da CDU, na tentativa de meter todos no mesmo saco, não podemos deixar de afirmar que isto há candidatos e candidatos. Porque se cada um dos deputados do distrito tivesse uma actividade tão diversificada em defesa do distrito de Viana do Castelo como o Deputado do PCP, que durante este mandato acompanhou os probemas do distrito, o nosso camarada Honório Novo, que nem era eleito por cá e que até era vereador eleito da Câmara de Matosinhos, seguramente outro galo cantaria.
É que de facto, não são todos iguais! Os deputados comunistas, uma vez eleitos, seja em que lugar for, usá-lo-ão sempre ao serviço dos trabalhadores e das populações. Não poderia a CDU desta tribuna, deixar de mostrar-se apreensiva e preocupada quanto ao futuro dos ENVC-SA, e da vida dos seus trabalhadores. A situação dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo continua a merecer toda a nossa atenção, tendo em conta a sua importância estratégica para o desenvolvimento de toda a vasta região onde se localizam e os problemas de desemprego que atingem o Concelho e o Distrito de Viana do Castelo. Daqui saudamos os seus trabalhadores, e acreditamos que é possível defender a empresa, e os postos de trabalho. Os Estaleiros Navais não são só uma empresa de referência para os seus trabalhadores e a região, mas são também uma empresa de referência para os restantes trabalhadores do Concelho e até do Distrito. Depois de várias décadas de opções estratégicas para fragilizar a empresa, o Governo PS preparava-se agora para a estocada final com uma parceria estratégica que passava pela gestão dos Estaleiros Navais. Sabemos bem que as forças da política da direita e que o Capital não suportam uma empresa com estas características. Uns Estaleiros Navais, empresa pública a contribuir para a produção nacional, e onde a regra é a do TRABALHO com DIREITOS. Pela nossa parte somos claros. Faremos o que estiver ao nosso alcance para defender os Estaleiros Navais de Viana do Castelo, como empresa pública a produzir e a contribuir para o desenvolvimento da Região. Por isso rejeitamos este caminho privatizador. As outras forças concorrentes devem também ser claras a este respeito! O que defendem para os Estaleiros Navais? O que farão para os defender? Camaradas e Amigos, tivemos recentemente as eleições para o Parlamento Europeu, do qual resultou uma estrondosa derrota da política de direita do Governo PS/José Sócrates, e uma grande vitória da CDU, e dos trabalhadores Portugueses. As nossas vitórias não caem do céu, constroem-se com muito esforço, dedicação e militância. O nosso resultado eleitoral deve-nos deixar orgulhosos, porque não temos e vivemos dos favores que outras forças Políticas têm da comunicação Social dominante. Temos que contar só connosco e já não é pouco. Na próxima batalha eleitoral, a realizar a 27 de Setembro, cada activista CDU tem que utilizar uma arma que não nos podem retirar e que temos à nossa disposição: o contacto pessoal para através da pedagogia e do esclarecimento, no café, no local de trabalho, em casa junto dos familiares e dos mais próximos, na colectividade, na escola, na rua, informando, dando ânimo e confiança, ouvindo as suas reclamações, preocupações e anseios, utilizando com persistência a mensagem da CDU, e fazer sentir da importância de levar a luta até ao voto, a mensagem de que há alternativa à política de direita, mas que essa alternativa não será possível sem o reforço da votação na CDU.
Se cada um de nós assumir esta responsabilidade, estou certo que em Setembro atingiremos os nossos objectivos, e estaremos em melhores condições de defender e lutar por uma vida melhor para este nosso POVO. A CDU é a força política em que se pode acreditar sempre. Os trabalhadores do Distrito têm em Setembro, com o voto na CDU, a oportunidade de prosseguirem exigências que motivam as suas lutas: a valorização dos salários e das pensões, a melhoria das condições de vida dos trabalhadores e do povo, a defesa do emprego, o combate à precariedade e a revogação dos aspectos negativos do Código do Trabalho e da legislação laboral da Administração Pública. |
