Francisco do Ó Pacheco acusou, quarta-feira, dia 30 de Setembro, após uma arruada pelas ruas de Sines, o actual presidente da autarquia, eleito pela CDU e que agora concorre como independente, de estar ao lado dos «grandes grupos económicos nacionais e internacionais».

Recorde-se que a decisão do presidente da Câmara de Sines se demitir do PCP «culmina num processo de repetidos gestos e decisões contrárias ao projecto da CDU e injustificada aproximação a objectivos e propósitos da política do Governo PS para a região e para o País».

«A retirada da vice-presidência, dos pelouros e do tempo inteiro ao vereador Albino Roque é expressão da manifesta dificuldade do actual presidente da Câmara em conviver com as críticas, constituindo um acto gratuito de retaliação política que se traduzirá num empobrecimento do funcionamento colegial da Câmara Municipal e em prejuízo do concelho e da população de Sines», sublinhou, no dia 27 de Janeiro de 2009, uma nota da Comissão Política do PCP.

«A manifesta diferença de posicionamento político e clara ruptura com as orientações e projectos do PCP exigiram que, no respeito por valores e princípios de ética e honestidade política, o presidente pusesse à disposição da força política que o elegeu o cargo que exerce», afirma o documento, explicando: «Face à disposição do actual presidente da Câmara de se manter agarrado ao poder, usurpando um cargo que no plano político não lhe pertence, o PCP reitera à população de Sines o seu empenhamento em prosseguir uma intervenção e um trabalho que centenas de eleitos da CDU, em sucessivos mandatos desde o 25 de Abril, realizaram para dar resposta aos problemas das populações e assegurar um rumo de desenvolvimento e afirmação do concelho de Sines».