No comício realizado no Largo dos Águias, Jerónimo de Sousa recordou as lutas pelo pão, pela liberdade, pela democracia e pelos direitos levadas a cabo pelo povo de Alpiarça, sem regatear esforços, durante a longa noite fascista.

Depois de chamados para o palco todos os elementos da lista da Coligação às legislativas pelo distrito, e de João Corregedor da Fonseca e Francisco Madeira Lopes terem desferido acutilantes críticas ao governo PS/Sócrates e às falsas alternativas PSD e CDS, António Filipe, primeiro candidato à Assembleia da República pelo círculo eleitoral local, começou por garantir que esta era seguramente «a maior iniciativa de massas no distrito de Santarém durante o período eleitoral».

À memória, trouxe ainda dois entre muitos comunistas alpiarcenses que contribuíram para a consolidação da democracia e das conquistas de Abril, no caso, os deputados Álvaro Brasileiro e Abalada, cuja consciência de classe e saber fez história na Assembleia da República, pelo menos para os que com eles aprendeu que não é melhor quem mais correctamente fala ou mais diplomas exibe, mas quem está sempre ao lado dos explorados contra os exploradores, seja em que circunstâncias for.

Com tamanha tradição de luta e tais exemplos, «esta câmara municipal, apesar de não ter a importância económica das autarquias ali da margem Sul, ou do grande Porto, tem algo que diz muito a todos nós da CDU», declarou Jerónimo de Sousa.

«Esta câmara deve voltar à CDU, porque a CDU tem um projecto e demonstra claramente que é possível desenvolver o concelho. Tal como recuperámos a Marinha Grande ou Barreiro, estou profundamente convicto que ninguém vai ficar em casa e vamos dizer, no dia 11 de Outubro: Alpiarça volta a ser CDU!», vaticinou provocando o entusiasmo nos mais de mil participantes na iniciativa, especialmente nos jovens que na linha da frente assistiam ao comício.