Apresentação da Lista da CDU às Legislativas pelo distrito de Beja
Intervenção de José Soeiro
03 de Julho de 2009

José SoeiroNa iniciativa de apresentação da Lista da CDU à Assembleia da República, pelo distrito Beja, José Soeiro, Cabeça da Lista pelo distrito, relembrou que «O trabalho realizado comprova que os compromissos assumidos pela CDU não são mera retórica. Não somos dos que uma vez eleitos desaparecem e esquecem quem os elegeu. No decorrer do mandato percorremos todos os concelhos, reunimos com inúmeras instituições em particular (...)» e «Levámos à Assembleia da República e colocámos ao Governo todos os problemas e inquietações que nos foram sendo colocados cumprindo assim, não por favor ou taticismo, o que consideramos ser um dever de todo e qualquer deputado.»

Jose Soeiro

Intervenção de José Soeiro

 

Em nome dos candidatos e candidatas pela CDU, pelo círculo eleitoral de Beja, às próximas eleições para a Assembleia da República, marcadas para o próximo dia 27 de Setembro, o nosso agradecimento pela vossa presença neste acto e as nossas mais calorosas e cordiais saudações aos trabalhadores, aos desempregados, aos micro, pequenos e médios empresários, aos agricultores, aos jovens e às mulheres, aos reformados, pensionistas e cidadãos com deficiência, que no nosso distrito teimam em resistir, teimam em lutar, teimam em acreditar que sim é possível travar e inverter as tendências de desertificação, de envelhecimento, de estagnação económica, que continuam ainda a caracterizar o nosso distrito, fruto das políticas erradas e de direita desenvolvidas pelos sucessivos governos do PS e do PSD, com ou sem CDS, nos últimos 33 anos.

Uma saudação particular aos trabalhadores das minas e ao povo de Aljustrel que, com coragem, determinação e confiança, têm resistido e lutado, incansavelmente, pela retoma da laboração das Pirites Alentejanas, contra as manobras, as mentiras, os negócios obscuros e as cumplicidades do actual governo e do PS com a multinacional Eurozinc e os seus sucedâneos, Lundin Mining e Martifer/I’M/Mota Engil, luta que contou, conta e contará sempre com a solidariedade activa dos comunistas e outros democratas da CDU, seja no Parlamento Europeu, seja na Assembleia da República, seja no poder local, luta que desgastou, desmascarou e levou à demissão do Ministro Manuel Pinho, luta que acabará por vencer com a retoma da laboração das Pirites Alentejanas, a criação de postos de trabalho com direitos e garantias efectivas e a exploração racional dos recursos mineiros, ao serviço do desenvolvimento do nosso distrito, do Alentejo e do País, como sempre têm defendido os comunistas e outros democratas da CDU.

Afirmou o ministro Manuel Pinho, após a sua demissão, que “o PCP não desculpa o sucesso do Governo numa região que considera sua”. Não Dr. Manuel Pinho, o senhor, a maioria absoluta e o Governo do PS, de que era destacado elemento, é que não desculpam o PCP pela sua postura de combate firme, coerente e constante contra a política de direita que o senhor e o governo de que fazia parte protagonizaram nos últimos 4 anos e que está na origem do impune e vergonhoso despedimento colectivo de mais de 800 trabalhadores das Pirites Alentejanas com a sua comprovada cumplicidade. O senhor, a maioria absoluta e o Governo do PS, é que não perdoam que seja cada vez maior o número de alentejanos que percebe que é nos comunistas e outros democratas da CDU que têm os seus mais empenhados e constantes defensores. A região não é do PCP, Dr. Manuel Pinho, mas é com justificado orgulho e como a vida vem comprovando, que podemos afirmar que é nas propostas do PCP que os alentejanos encontram as verdadeiras respostas para o desenvolvimento com sucesso desta grande região, que é o nosso Alentejo.

Foi por tomar disto consciência, por ver que os alentejanos não trocam a sua dignidade por um qualquer “chequezinho” da EDP, mesmo que entregue com a meticulosa coordenação do governo civil e a cumplicidade do PS, que não hesita em instrumentalizar um clube de futebol, como o Mineiro Aljustrelense, para este vergonhoso efeito, como o demonstraram os resultados eleitorais do passado dia 7 de Junho para o Parlamento Europeu, que deram uma clara e inequívoca vitória à CDU em concelhos como Aljustrel, que afirmaram a CDU como a força com maior número de votos no distrito de Beja, e por não desculpar a acção fiscalizadora dos deputados comunistas na Assembleia da República às negociatas obscuras que o senhor e o Governo do PS, fizeram à custa da alienação de património público, património de todos nós, como é o caso das Pirites Alentejanas e da Somincor, que o senhor desesperado não resistiu, levou os indicadores à testa, investiu contra a bancada do PCP e acabou derrotado e demitido como não podia deixar de ser. 

É nossa convicção de que no dia 27 de Setembro, com o voto dos portugueses, outros senhores ministros e ministras, arrogantes e trapalhões, como o era o Ministro Manuel Pinho, lhe irão fazer companhia.

Pela nossa parte, como afirmámos há quatro anos, “Iremos ouvir os agentes económicos, sociais e culturais do nosso distrito. Iremos ouvir as instituições. Iremos ouvir sobretudo os trabalhadores e as populações que ambicionamos representar e cujos interesses e legítimas aspirações assumimos solenemente defender na Assembleia da República.
Somos gente de palavra. Gente que honra os seus compromissos. Gente que não teme as dificuldades e que não vira a cara à luta. O distrito de Beja, o Alentejo, as suas gentes, sabem que terão sempre, nas candidatas e candidatos da CDU, mulheres e homens com quem contaram no passado, contam no presente, contarão no futuro.” Este foi então o nosso compromisso. Este é mais uma vez o nosso solene compromisso.

O trabalho realizado comprova que os compromissos assumidos pela CDU não são mera retórica. Não somos dos que uma vez eleitos desaparecem e esquecem quem os elegeu. No decorrer do mandato percorremos todos os concelhos, reunimos com inúmeras instituições em particular com as mais representativas do distrito. Levámos à Assembleia das República e colocámos ao Governo todos os problemas e inquietações que nos foram sendo colocados cumprindo assim, não por favor ou taticismo, o que consideramos ser um dever de todo e qualquer deputado.

Defendemos os trabalhadores, o direito ao emprego com direitos e combatemos a precariedade. Combatemos o desemprego e o direito a melhor protecção no mesmo. Estivemos com os professores e os trabalhadores da administração pública nas suas justas lutas. Acompanhámos e fiscalizámos as decisões do Governo em relação aos grandes projectos que há muito podiam e deviam estar ao serviço do desenvolvimento do distrito se PS e PSD não os tivessem boicotado anos e anos consecutivos, se tivessem tido em conta a sua justeza e necessidade quando o PCP e outros democratas da CDU os propuseram. Avançámos propostas alternativas e o reforço de verbas para o distrito em sede dos Orçamentos do Estado. Confrontámos o Governo com as suas responsabilidades em matérias sensíveis como a saúde ou as políticas de acção social para a terceira idade e a infância, obrigando-o a tomar medidas para evitar um maior agravamento e dificuldade no acesso aos cuidados de saúde ou dando visibilidade às justas e legítimas aspirações das IPSS. Reivindicámos e justificámos a necessidade das novas instalações da ESTIG contribuindo para que sejam hoje uma realidade. Denunciámos e exigimos a intervenção do governo no sentido da melhoria de muitas das nossas instalações escolares. Reivindicámos a melhoria das nossas estradas e denunciámos a sua crescente degradação, de Barrancos a Odemira, de Alvito a Almodôvar. IP8, IP2, IC27 ou IC4 estiveram sempre presentes na nossa intervenção. Colocámos a necessidade de modernização da rede ferroviária e do seu material circulante. Exigimos o respeito e cumprimento pelo governo dos seus compromissos para com associações de agricultores, associações de desenvolvimento local, escolas profissionais, associações de bombeiros, autarquias e outras instituições, denunciando atrasos de pagamentos ou a falta de condições para cumprirem com as suas funções, obrigando-o a tomar medidas no sentido do seu cumprimento. Demos voz aos problemas dos agricultores e defendemos a nossa agricultura. Demos voz aos nossos micro, pequenos e médios empresários e às suas crescentes dificuldades avançado propostas e medidas no sentido de evitar a sua falência.
Trabalhámos com todos e para o bem de todos. Sem exclusões nem preconceitos. Representámos com orgulho os interesses do nosso distrito e é-nos grato saber que muitos são aqueles que, não tendo votado CDU nas últimas eleições, o reconhecem e até assumem publicamente. Cumprimos o nosso dever. É isso que nos propomos continuar a fazer. Fazer mais ainda se contarmos com mais votos e mais deputados. O distrito de Beja precisa de mais deputados que trabalhem. De mais deputados que não virem as costas ao distrito no dia seguinte às eleições. Concentrando votos na CDU o distrito de Beja tem todas as condições para contribuir para retirar a maioria absoluta ao PS sem que a direita fique em condições de governar.
Estamos confiantes em que assim será.

O momento não é para desânimos, para baixar braços, para votar em branco ou votar nulo. O momento é para dizer basta à política de direita que PS e PSD, com ou sem CDS/PP, praticaram nos últimos 33 anos e que está na origem das nossas dificuldades. O distrito de Beja merece mais, merece o melhor. A CDU também. É nesse sentido e com confiança que iremos trabalhar.

Viva o Distrito de Beja
Viva a CDU.

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