Intervenção de José Pedro Branquinho
CDU na defesa da população do Distrito da Guarda
29 de Junho de 2009

ImageNa sua apresentação, o 1º candidato à Assembleia da República pelo Distrito da Guarda, José Branquinho, refere o papel dos deputados eleitos pela CDU na região. Referiu as várias deslocações ao Distrito, em solidariedade com os funcionários que foram colocados na mobilidade, no apoio aos movimentos de utentes, na defesa dos serviços públicos, na defesa da escola pública de qualidade, e o facto de estarem sempre na primeira linha quando ocorreram encerramentos ou despedimentos, apresentando na Assembleia da Republica e no P.E. as reivindicações das populações e das instituições.

 

É com muita honra que aceito ser o cabeça de lista do distrito da Guarda da Coligação Democrática Unitária (CDU) às eleições legislativas de 2009
A CDU é uma força eleitoral nacional, composta pelo Partido Comunista Português, o Partido Ecologista os Verdes, a Intervenção Democrática e muitos Independentes. Os seus quadros estão em todo o território nacional, no continente e nas ilhas, desenvolvendo um trabalho muito importante todos dias, na denúncia dos inúmeros problemas que o distrito e país atravessam. Mas ao mesmo tempo que denunciamos, apresentamos também propostas para a solução dos mesmos.
A próxima batalha politica é muito importante. Todos sabemos que este governo escolheu o pior caminho – apoiar o capital, a banca e os mercados financeiros – ao mesmo tempo que esqueceu os trabalhadores. A política de direita seguida por este governo criou no país e no distrito, uma taxa desemprego superior a 9% com todas as consequências para as famílias, aumentando a pobreza e as desigualdades.
Nestas eleições vamos contribuir para uma maior compreensão por parte dos trabalhadores no país e no Distrito, de que a política e os actos políticos estão absolutamente ligados a sua vida. A intervenção regular dos portugueses na vida politica e a sua participação nos actos eleitorais que se avizinham são determinantes para a mudança politica do país.

Camaradas e Amigos
Srs. Jornalistas

É vulgar ouvir a expressão de que ”são todos iguais”, na guerrilha entre PS, PSD e CDS, fazendo crer aos trabalhadores portugueses que não há alternativa. Mas esta força eleitoral diz: Não são todos iguais! Há uma alternativa com um projecto político diferente: a Coligação Democrática Unitária.
Portugal foi governado nos últimos 33 anos pelos mesmos actores, PS, PSD e CDS, juntos ou separados, com uma política igual, servindo os interesses dos grandes grupos económicos e do capital. Esta politica promoveu a destruição do sector produtivo, a quebra da soberania alimentar, o endividamento externo, as privatizações, a ruína das PME, o desemprego, a precariedade, os baixos salários e pensões, a pobreza, as injustiças sociais, a insegurança e a corrupção, empurrando este país para o declínio.
Com uma taxa de desemprego tão elevada e pensões de miséria, aumenta a degradação social, aumenta o desrespeito pelos direitos de quem trabalha, e o fosso entre os mais ricos e os mais pobres, extracto social que cresce duma forma incontrolável e inaceitável.
As políticas da PAC (política agrícola comum) levam à ruína da agricultura no distrito e no país. Com a destruição do aparelho produtivo, aumenta a desertificação e o abandono da terra, enquanto o País importa cerca de 75% das suas necessidades agro-alimentares.
A grande maioria da população idosa não tem o apoio e o reconhecimento que merece, os jovens são confrontados com o trabalho sem direitos, vivem na insegurança e sem perspectivas de estabilidade para o seu futuro
Nas suas viagens pelo país, o 1º Ministro, Ministros e Secretários de Estado, além de procederem a inaugurações deste ou daquele equipamento, deviam responder porque não cumpriram as promessas feitas há 4 anos. Entre outras, o PS Guarda prometeu para esta legislatura, a ampliação e modernização do hospital da Guarda. Afinal apenas veio o 1º Ministro lançar a 1ª pedra no dia 29 de Maio deste ano. Os deputados eleitos à Assembleia da Republica ainda estão a tempo de dizer aos eleitores qual a utilidade que deram aos votos que receberam há 4 anos. A maioria dos eleitores que votaram PS Sócrates esperavam uma vida melhor e um Portugal mais próspero. Em vez disso aumentou o desemprego, a pobreza, as desigualdades e as injustiças.

As populações deste distrito conhecem os grandes problemas da interioridade, que fazem com que a sua região se debata com um baixo poder de compra e uma taxa de desertificação elevada. Mas, se isto é uma realidade, também é verdade que o distrito tem inúmeras potencialidades que é preciso valorizar, numa perspectiva de desenvolvimento integrado. Os factores sociais, económicos, ambientais e históricos devem ser promovidos e interligados, para melhorar a qualidade de vida dos cidadãos naturais e residentes. A agricultura tem um papel fundamental no combate à desertificação, mas também no ordenamento do território. Contudo, o governo esquece as organizações dos agricultores como a CNA (Confederação Nacional de Agricultura), e no Distrito a ADAG, e as suas reivindicações, canalizando 90% dos apoios para os grandes agrários.

 Camaradas e Amigos
Srs. Jornalistas

A indústria têxtil, do calçado e lanifícios são as principais empregadoras e um potencial económico e produtivo para o distrito. Elas vivem hoje um pesadelo, com despedimentos colectivos, falências fraudulentas, insolvências, pondo o sector na ruína e milhares de trabalhadores no desemprego. As promessas de apoio são virtuais. O sector necessita de investimentos que o modernizem e o tornem competitivo, respeitando os direitos dos trabalhadores. A beleza natural deste distrito, exemplificada no Parque Natural Serra da Estrela, Reserva Natural da Malcata, Parque do Douro Internacional, Parque Arqueológico Vale do Côa e Alto Douro Vinhateiro, constituem factores de desenvolvimento, de riqueza, de bem estar, de qualidade de vida e de prestígio, que não têm sido suficientemente aproveitados. Eles têm sido utilizados como potenciadores de desenvolvimento, continuando a ser, na maior parte das vezes, prejudicados pela ausência de medidas de protecção nomeadamente ao nível da defesa da natureza, do ambiente e do património.
É necessário valorizar e promover o distrito a partir das capacidades produtivas e criativas das suas gentes. Isto vai ao encontro da vontade de sectores variados da população do distrito e é por tudo isto que se bate a CDU desde há vários anos.
Mas, para estancar a desertificação e promover o desenvolvimento, o nosso distrito precisa também de bons serviços públicos na saúde, na educação, na segurança social, na justiça, na agricultura, no emprego e formação profissional.
Mas, como todos sabemos, este governo foi desastroso e agressivo na relação com os trabalhadores, sejam os da administração pública e os seus funcionários, os agricultores, os utentes da saúde, os estudantes, os professores, os enfermeiros e muitos outros, o que motivou as maiores manifestações, greves e paralisações das ultimas décadas, Em relação ao distrito, foram colocados na mobilidade especial funcionários da Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Centro e da Direcção Geral de Reinserção Social. A grande maioria dos serviços perdeu funcionários e outros perderam valências. No que respeita aos Serviços de Saúde, estava previsto o encerramento de sete SAPs do distrito e da maternidade. Com a luta dos movimentos de utentes na defesa da maternidade e dos SAPs, conseguimos manter os serviços de saúde a funcionar. É de realçar que, apesar da CDU não ter deputados eleitos pelo distrito da Guarda, as jornadas parlamentares realizadas pelo PCP em Dezembro de 2006 no distrito deram uma grande visibilidade ao perigo de encerramento dos sete SAPs que estavam planeados encerrar no final desse ano o que não veio a acontecer e deram também um importante contributo para o não encerramento da maternidade da Guarda.
Os deputados eleitos pela CDU na Assembleia da Republica e no Parlamento Europeu, deslocaram-se várias vezes ao distrito da Guarda, em solidariedade com os funcionários que foram colocados na mobilidade, no apoio aos movimentos de utentes, em defesa dos serviços públicos, em defesa da escola publica de qualidade, e estiveram sempre na primeira linha quando houve encerramentos e despedimentos no distrito, apresentando sempre na Assembleia da Republica e no P.E. as reivindicações das populações e das instituições. É de lamentar que o PS e os seus deputados eleitos pela Guarda tenham votado contra o Projecto de Resolução relativo ao desenvolvimento integrado do nosso distrito.

Camaradas e Amigos
Srs. Jornalistas

Vamos para esta batalha com a força de quem faz e quer fazer ainda mais por Portugal e pelos Portugueses. Contamos com o apoio de todos os que desejam ver realizada em Portugal uma política de esquerda, um projecto político que garanta direitos e liberdades, o desenvolvimento económico e social, a valorização do trabalho e emprego com direitos, a justa repartição do rendimento nacional, a defesa e preservação do ambiente e do património, sempre no quadro constitucional.
Temos como objectivos políticos, consolidar a nossa votação e continuar a crescer, quer em percentagem quer em número de votos. Estamos preparados para as responsabilidades que o eleitorado nos queira atribuir.
Espero que, juntamente com todos os activistas, jovens e apoiantes do distrito da Guarda, sejamos criativos e dinâmicos para o êxito nesta nossa batalha.
Agradeço a presença de todos os camaradas e amigos, contem comigo.

Viva A CDU
Viva O Distrito da Guarda
Viva Portugal

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