A Praça das Flores, em Lisboa, ficou mais bonita com a luta que a CDU realiza hoje naquele espaço da cidade. O objectivo é alertar para a degradação do espaço público e para a inacção da Junta de Freguesia e da Câmara Municipal de Lisboa na resolução do problema.

A história que deu o mote para a iniciativa conta-se em poucas palavras mas deixa pelo menos uma certeza: é na CDU que reside a força de quem não vê os seus interesses defendidos pela actual gestão camarária.

Há cerca de um ano, a Câmara Municipal, por intermédio dos vereadores José Sá Fernandes, eleito pelo BE, e Marcos Perestrelo, eleito pelo PS, acordou com uma conhecida marca automóvel, a Skoda, a cedência da Praça das Flores como salão de festas privadas ao ar livre, explicou a primeira candidata da CDU à Freguesia das Mercês, Paula Cristina.

Durante cerca de 15 dias, o espaço público foi vedado aos moradores, a fonte transformada em frapé para manter frescas as bebidas dos convidados da marca automóvel, e as festas nocturnas sucederam-se sem qualquer respeito pelos habitantes da zona.

Vários moradores e comerciantes locais protestaram contra esta usurpação da Praça das Flores, mas não só não obtiveram resposta dos órgãos autárquicos, como foram ainda confrontados pela polícia e por seguranças privados.

Encerradas as festividades privadas, o espaço público lisboeta foi deixado degradado e sem as flores que faziam juz ao nome da praça. Por isso a CDU veio para rua, decorou a praça com flores de papel e exige a sua completa requalificação.

A iniciativa decorre durante todo o dia de hoje, e antes de partirmos acompanhámos Paula Cristina e outros candidatos da lista da CDU à Freguesia das Mercês, e Miguel Tiago, segundo candidato da Coligação à Câmara Municipal, num contacto directo com a população e comerciantes da freguesia, da qual sobejaram queixas e reclamações sobre o abandono a que estão votados os interesses dos que ali vivem e trabalham.