Saudações amigas da Associação Intervenção Democrática – ID, que aquirepresento, aos Partidos Comunista Português e Verdes bem como a todosquantos continuam com o seu esforço e dedicação a tornar realidade aColigação Democrática Unitária.
Companheiras e Companheiros. Saudações amigas da Associação Intervenção Democrática – ID, que aqui represento, aos Partidos Comunista Português e Verdes bem como a todos quantos continuam com o seu esforço e dedicação a tornar realidade a Coligação Democrática Unitária.
Reunimo-nos hoje, solidária e amigavelmente, em tempo de crise agravada pelo vendaval financeiro que, nas últimas semanas, tem abalado o mundo e também Portugal, com reflexos muito negativos sobre as classes trabalhadoras que já sentiam sobre si os problemas que as políticas neoliberais vinham fomentando.
Vivemos numa época realmente crítica que o capitalismo, na sua forma mais violenta, provocou e continua a provocar, até porque a crise desencadeada está contraditoriamente a concorrer para uma maior concentração do capital, para o reforço das suas estruturas, como se pode verificar pelo facto de poderosos bancos se aproveitarem da crise originada por escândalos, fraudes e manipulações financeiras e pela desregulação dos mercados, consolidando as suas posições, o que lhes possibilita a aquisição, a preço de saldo, de activos de outros bancos que entraram em bancarrota.
Isso deixa antever para o futuro imediato novas e mais preocupantes consequências que vão afectar, por certo, as populações mais carenciadas, com a destruição de direitos sociais – recordemos, a propósito, a célebre directiva Bolkenstein, no plano europeu e, em Portugal, a aprovação do novo Código Laboral que, para além das suas inconstitucionalidades - são várias e não apenas a referenciada em Belém - destrói direitos adquiridos pelo povo português em 25 de Abril.
O governo mostra-se submisso ao grande patronato, aos fortes grupos económicos, continuadamente pressionantes para que se adoptem, sempre e cada vez mais, políticas que favoreçam apenas os seus interesses.
Os efeitos imediatos desta actuação são o empobrecimento das populações – no nosso País há mais de dois milhões de pobres – o aumento do desemprego, o encerramento e deslocalização de fábricas, o desaproveitamento dos nossos sectores produtivos, como a agricultura e as pescas e a industria assim como das pequenas e médias empresas, votadas ao abandono e cujo número de falências, em 2008 e neste ano, se contam por milhares.
Simultaneamente e enquanto o governo acorre, solicito, a apoiar os meios financeiros que ocupam o lugar central do capitalismo neoliberal, assiste-se a uma continuada política privatizadora de sectores públicos rentáveis, tão do agrado de Bruxelas onde se senta a mais conservadora e reaccionária Comissão Europeia, sob a presidência de um político português considerado nos meandros internacionais como o mais fiel servidor de países como os E.U.A., ou de políticos descridibilizados como George Bush.
Os portugueses sentem que existe um claro irracionalismo governamental que conduz inevitavelmente a profundas desigualdades, à injustiça social. A incerteza domina os espíritos da esmagadora maioria da população portuguesa que enfrenta os problemas criados pelo neoliberalismo que Sócrates e os seus ministros insistem em prosseguir e que conduziu o País para uma muito séria crise social.
Crise social aprofundada pela confrontação deliberada que o governo adopta contra largas camadas de trabalhadores como a que ocorre nos sectores dos professores, da saúde, da justiça, da função pública. Governo intransigente que não aceita o diálogo democrático.
Os problemas são de tal monta que obrigam a respostas adequadas. As manifestações promovidas pelo movimento sindical, pelos professores de todo o País, os protestos, as greves, atingiram enorme dimensão. Mas o governo persiste na mesma política demonstrando a sua incapacidade para apresentar à população um programa credível susceptível de se poder enfrentar, com realismo, a crise política, social, económica e cultural para a qual contribuiu decisivamente.
As medidas anunciadas pelo governo são claramente insuficientes para relançar a nossa economia. Esperam-nos dias ainda mais difíceis como refere o Banco de Portugal no seu último relatório. E nem assim o governo dá notícia de querer alterar qualitativamente a sua política.
O desenvolvimento económico do País estagnou, por evidente ausência de visão estratégica do elenco governamental, empenhado em responder às exigências do grande capital o que, como consequência imediata, provoca o agravamento das condições de vida da generalidade dos portugueses, nomeadamente das classes mais desprotegidas, a lutar arduamente pela sua subsistência, enquanto, por outro lado, floresce uma classe dominante em muitos aspectos corrupta e imoral.
Companheiros, este ano é um ano eleitoral em que o País vai ser chamado a intervir politicamente em três votações de primordial importância.
Os interesses nacionais no quadro europeu e a luta convicta pela construção de uma Europa de Paz, de solidariedade, de coesão social, de respeito pela soberania nacional, só pela voz da CDU terão uma defesa firme e consequente.
A CDU é a voz de esquerda autorizada e coerente pela implementação do desenvolvimento do País e com profundas preocupações pela justiça social. A presença de deputados eleitos pela CDU na Assembleia da República constitui uma vantagem insubstituível para Povo português.
No Poder Local tem sido a CDU que dá provas insofismáveis, por todos reconhecido, de trabalho e de honestidade na defesa dos interesses das populações. Estimulamos, por isso, os portugueses a apoiarem a CDU na certeza de que os seus representantes continuarão a desenvolver uma actividade sempre positiva e a gerir democraticamente e com competência as autarquias.
Companheiros,
Com este acto público estamos a encetar o trabalho que culminará nos três actos eleitorais na certeza de que com a votação na CDU quem beneficia é, sem dúvida, o Povo português.
Viva a CDU. Viva Portugal
Lisboa, 15 de Janeiro de 2009.
|