Campanha cara a cara |
12 de Setembro de 2009 | |
Em Benfica, muitos foram os que fizeram questão de cumprimentar Jerónimo de Sousa. Uns dando força à candidatura da CDU; outros procurando uma palavra que mantivesse viva a esperança num futuro melhor. Ainda na Avenida do Uruguai, Jerónimo de Sousa foi abordado por um homem, dos seus setenta anos, que trazia consigo uns impressos na mão, da Segurança Social: os dois anos que passara na guerra colonial, em Moçambique, não contariam para efeitos de reforma. Após ler o documento, o Secretário-geral do PCP aconselhou: «mande uma cópia disto para esta morada. É do grupo parlamentar do PCP. Não lhe posso prometer que o seu problema se resolve, mas garanto-lhe que levantaremos o assunto.» Uns metros mais adiante, outro indivíduo acercou-se de Jerónimo de Sousa garantindo tratar-se de um dos que ficou cego no célebre caso do Hospital de Santa Maria. Garantindo o seu apoio à CDU, acusou o Primeiro-ministro de nem ter tido a «amabilidade» de lhe desejar as melhoras, e a todos os que, como ele, perderam a visão. «E agora, está melhor?», perguntou Jerónimo de Sousa. «Não, estou cego!» |