O dia terminou em Santa Iria de Azoia, concelho de Loures, onde a CDU exigiu uma ruptura com a governação do PS, que não soube, quer na autarquia, quer no País, corresponder às expectativas das pessoas.

«Loures é hoje um concelho que perdeu importância, em que os problemas sociais se agravaram, o desemprego cresceu, encerraram serviços de saúde, aumentaram desigualdades e a pobreza, se agravou a insegurança», acusou, na segunda-feira, Paulo Piteira, cabeça de lista da CDU à Câmara de Loures, acusando a autarquia PS de estar «sempre pronta a ceder à pressão imobiliária e a permitir mais e mais betão e pouco atenta à defesa do interesse colectivo».Numa praça repleta de pessoas, junto à Sociedade 1.º de Agosto, o candidato alertou, de igual forma, para os desinvestimentos na cultura, no desporto, no relacionamento com os professores e as escolas, nas políticas de juventude e no apoio ao associativismo.

Hoje a autarquia, em muitas zonas do concelho, não consegue sequer assegurar com um mínimo de qualidade aquilo que são algumas das suas atribuições básicas como a recolha eficaz do lixo ou o abastecimento de água», criticou Paulo Piteira, adiantando: «É urgente alterar esta situação que conduziu à estagnação do nosso concelho».O cabeça de lista da CDU à Câmara de Loures criticou, de igual forma, as inaugurações de «simples obras de conservação», de «uma esquadra da PSP, em Camarate, que, depois de pronta, esperou dois meses pela disponibilidade de agenda de um membro do Governo para a cerimónia» e de uma escola onde «o mobiliário será expressamente alugado para a cerimónia, sendo posteriormente retirado».

«A ânsia de apresentar obra chega ao domínio do ridículo, pois preparam-se para inaugurar um crematório no cemitério de Camarate sob o lema “O futuro está aqui”», ridicularizou.«Vamos, nos dias de campanha que ainda nos restam, continuar a bater-nos com determinação e confiança por um bom resultado da CDU nas Eleições do próximo domingo que será um passo decisivo para a vitória nas Autárquicas de 11 de Outubro, que é possível e está ao nosso alcance», adiantou Paulo Piteira.

Alternativa política

Por seu lado, Jerónimo de Sousa, depois de ser «esmiuçado» pelos Gato Fedorento», valorizou a capacidade da CDU de «fazer tudo para a mudança da política nacional, para que o “novo” [a CDU] venho substituir o velho [o PS e o PSD] de 33 anos». «Quando o povo português perceber que não prisioneiro nem do PS, nem do PSD, que pode agarrar no seu voto, como um instrumento de luta, como um instrumento de condenação, mas também de construção, estamos em crer que estes dois partidos serão derrotados por aquilo que fizerem e que é possível uma alternativa», disse, frisando: «Esta CDU que nunca abandonou quem menos têm e menos pode»

«Quem se sentiu atingido por esta política vão de facto ter de fazer uma opção de fundo em relação às suas vidas, aos seus interesses e aos seus direitos, mas também em relação ao seu País. Nós temos que criar condições para uma mudança. Nós temos que no dia 27 de Setembro abrir uma nova fase da vida nacional, encetando a construção de um caminho diferente, de uma política alternativa e de uma alternativa política», destacou.