Comício da CDU em Coimbra
A escolha por um caminho novo
16 de Setembro de 2009

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Jerónimo de Sousa encerrou na «cidade dos estudantes» um dia de intensa campanha pelos distritos de Leiria e Coimbra, onde a Coligação está a crescer e acumula forças para as batalhas eleitorais em curso. A primeira termina com a ida às urnas já no próximo dia 27 de Setembro. Até lá, todos têm um papel a desempenhar num resultado que ainda está em construção, sublinhou-se.

«Era bom que todos pudessem passar pelo palco e apreciar a quantidade de gente que hoje aqui se juntou. Mas isso demoraria muitas horas». Foi com estas palavras que Francisco Queiroz, candidato da CDU à Câmara Municipal de Coimbra, traduziu a moldura humana que se estendia pela Escadas Monumentais, onde ocorreu um dos maiores comícios realizados pela Coligação nos últimos anos na cidade.

Pelo palco já havia passado a «Brigada Victor Jara» com as primeiras notas de luta, e foi na mesma toada que prosseguiu o mandatário distrital da CDU. Para Mário Nogueira, «temos o dever de dar utilidade ao voto, por isso não podemos eleger deputados inúteis que actuam contra os interesses do povo do distrito e do País».

Concentrando críticas na política educativa do Governo, traduzida no «mais violento ataque à escola pública democrática,, Mário Nogueira sublinhou que essa orientação vai ser penalizada nas urnas, mesmo que José Sócrates venha agora com «delicadezas» e com o anúncio do despedimento antecipado da ministra Maria de Lurdes Rodrigues.

«Mas não nos deixemos encantar pelo canto da sereia. Se a sereia escolhida por este Governo deixou muito a desejar, a sereia que quer presidir o próximo Governo não é melhor», alertou apontando o logro que representa Manuela Ferreira Leite e o PSD.

Não é bonito andar a enganar

Antes de Jerónimo de Sousa encerrar o comício de Coimbra, Manuel Pires da Rocha, primeiro candidato da CDU por aquele círculo eleitoral frisou que enquanto PS, PSD e CDS discutem soluções velhas para a crise, a CDU apresenta soluções que vão de encontro aos interesses dos trabalhadores, dos pequenos e médios empresários e das populações.

Suportando-se em exemplos locais das consequências da política de direita, o candidato da CDU instou a ministra da Saúde e primeira candidata pelo PS no distrito de Coimbra, Ana Jorge, a dar respostas concretas denúncias graves sobre a falta de condições do novo hospital pediátrico, mas foi para José Sócrates que o músico deixou as palavras mais contundentes. «Para o primeiro-ministro só me ocorre uma canção infantil: josezito, já te tenho dito, que não é bonito andares a enganar. Chora, chora, josezito chora, que te vais embora, para não mais voltar», trauteou.

Confiar na alternativa

«Chegamos ao fim de mais um ciclo governativo, dirigido por um governo e suportado por uma maioria absoluta que não vai concretizar nenhum dos grandes objectivos a que se propôs», lembrou o Secretário-Geral do PCP.

Acresce, que quando pedem a Sócrates contas das medidas antisociais que tomou, «ele afirma que fez tudo em nome do “interesse geral”. Que “ interesse geral “ é este que só persegue quem trabalha, os mais frágeis e mais fracos; que “interesse geral “ é este que só está preocupado em cortar nos serviços públicos essenciais ao bem-estar do povo?; que “interesse geral” é este que, afinal, está sempre contra a maioria da população?», questionou. «É o interesse de quem quer sentar-se à mesa do Orçamento com mesa farta e distribuir as migalhas que sobram ao resto do País», acusou.

A esta mistificação em torno do «interesse geral», juntam-se o sacudir da água do capote e o alijar de responsabilidades entre PS, PSD e CDS, e o falso dilema da escolha de um primeiro-ministro entre Manuela Ferreira Leite e José Sócrates.

Assim, a questão que os portugueses devem colocar é «se vão aceitar o vira-o-disco e toca o mesmo», ou se, pelo contrário, confiam na alternativa e «escolhem um caminho novo», disse ainda Jerónimo de Sousa.

Alternativa que tem na CDU «a força que junta, que une e torna mais próxima a possibilidade duma ruptura com a política de direita, que não se limitou nem limita a dizer “Basta!”, e que tudo fará também dizendo “Sim, é possível uma vida melhor!”», concluiu.

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