Em mais um dia de campanha, a CDU esteve, sexta-feira, dia 18, no Alentejo. A parte da manhã ficou marcada por uma arruada pelas ruas de Alcácer do Sal e de Grândola, onde se constatou a profunda crise que os sucessivos governos, nomeadamente o do PS, deixaram a região.

Em Cuba do Alentejo, na última iniciativa da noite, Jerónimo de Sousa apelou ao voto na CDU, de forma a eleger dois deputados pelo distrito de Beja.

«Se a CDU for a primeira força política, aqui no distrito de Beja, podemos eleger não um mas dois deputados para a Assembleia da República», disse Jerónimo de Sousa, durante um jantar, com mais de 400 pessoas, realizado no Salão dos Bombeiros Voluntários de Cuba do Alentejo.

Na ocasião, o Secretário-geral do PCP dirigiu uma palavra de «solidariedade» para todos aqueles que tiveram a «dignidade» de integrar as listas da CDU e que não vergaram perante as «pressões» do PS. «A resposta das nossas candidatas mais uma vez demonstra que ninguém pense que consegue vergar a CDU, os seus candidatos, a sua dignidade. Esses autos, essas ameaças, não são prova de força, são prova de fraqueza, são prova de medo, de que a CDU consiga o objectivo de vencer as eleições do dia 11 de Outubro», afirmou.

Sobre as Eleições para a Assembleia da República, Jerónimo de Sousa questionou se «as forças que praticaram e praticam uma política de direita, uma política injusta, para os trabalhadores, para os reformados, para os pequenos e médios empresários, para os agricultores, se os executantes dessa política têm condições e apoio suficiente para continuar a mesma política ou se o povo português vai decidir retirar o apoio e o voto ao PS e ao PSD aplicando a mesma derrota que aplicou ao PS nas eleições de 7 de Junho, para o Parlamento Europeu, encontrando na CDU, nesta força, com uma política alternativa, com uma proposta de mudança, de ruptura, com gente séria, capaz de lutar por uma vida melhor?». «É um voto para dizer “basta” às injustiças, ao desemprego, às reformas de miséria, à destruição do aparelho produtivo e da nossa produção nacional, aos ataques ao Serviço Nacional de Saúde, aos trabalhadores da administração pública, do sector privado, aos professores, aos enfermeiros, aos agentes das forças de segurança, aos militares, a esta política que tanto tem prejudicado esta gente», acrescentou.

José Soeiro, cabeça de lista pelo círculo eleitoral de Beja, salientou que a CDU tem razões para estar confiante nos resultados eleitorais de 27 de Setembro e de 11 de Outubro. «A CDU aspira o poder para servir o povo e não para se servir do povo. Queremos o poder para trabalhar e não para servir clientelismos ou amigos. E esse é um traço que nos distingue dos outros partidos», acentuou, lembrando que a Coligação tem «propostas» e «soluções» para os «trabalhadores», para os «agricultores», para os «reformados», para os «jovens», para os «pequenos e médios empresários», para «o povo do nosso distrito».

Por seu lado, João Portugal, cabeça de lista à Câmara Municipal, acusou o executivo PS tentar «manter os votos a todo o custo». «Tem sido uma correria de ministros e secretários de Estado. Até o director-geral de Saúde esteve em Albergaria dos Fusos, num lugar com cem pessoas para inaugurar um centro de saúde», afirmou, denunciando ainda a «entrega de electrodomésticos, telemóveis, tudo sem vir à Câmara». «Cuba precisa de uma mudança para que toda a população possa sentir que no concelho de Cuba terminou um ciclo e que um novo ciclo, um novo tempo vai começar», destacou.