Intervenção de Corregedor da Fonseca, Intervenção Democrática, na Marcha Nacional «A Força do Povo»

Esta Marcha revela que a CDU se reafirma como verdadeira alternativa às políticas de direita

6 Junho
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Em nome da Associação Intervenção Democrática-ID saúdo-vos, e saúdo os Partidos Comunista Português e Ecologista Os Verdes que se mantêm firmes na consolidação da Coligação Democrática Unitária, que integramos, e que promoveu esta Marcha Nacional verdadeiramente patriótica.

Esta marcha de tantos milhares de cidadãos revela que a CDU se reafirma como verdadeira alternativa às políticas de direita que provocaram o desastre que atinge o País e a esmagadora maioria da sua população.

Demonstrado está, uma vez mais, que a CDU é pujante e determinada na sua constante luta pela defesa da soberania e independência nacionais e pelos valores de Abril. A CDU não é uma Coligação de protesto como os nossos adversários gostam de afirmar, à falta de melhor argumentação.

Não, a CDU acompanha e apoia sempre as classes trabalhadoras, as classes desprotegidas e apresenta propostas políticas concretas, claras, propostas realistas que, a serem aplicadas, relançarão o País para os caminhos do desenvolvimento, do progresso e da justiça social, conducentes com o respeito absoluto pelos direitos, liberdades e garantias consagrados na Constituição.

Direitos estes que, ao longo de quase quarenta anos, sucessivos governos têm desprezado e que conduziu ao enfraquecimento da nossa Democracia tão árdua e sacrificadamente conquistada.

No actual e complexo momento histórico estamos confrontados, mais do que nunca, com a urgente necessidade de concorrermos efectiva e decisivamente para impedir o continuado desrespeito pelos princípios democráticos e para que a população, nomeadamente os trabalhadores, os mais idosos, as mulheres, a juventude, se veja livre de um governo que desmoralizou e empobreceu o País.

Trata-se, de uma luta tremenda, mas insofismavelmente patriótica aquela a que somos novamente chamados porque está em jogo o futuro de Portugal corroído por sistemáticas políticas de direita. Impõe-se, por isso, uma mudança profunda de política e não uma mera alternância entre os três partidos – PS, PSD, CDS – responsáveis pelos problemas criados aos portugueses sem que haja perspectivas de qualquer melhoria, antes pelo contrário.

A CDU tem respostas positivas para se modificar, por completo, o panorama desolador que afecta milhões de famílias angustiadas e desesperadas com o espetro do desemprego e da pobreza, devido à actuação de um governo implacável e desumano, um governo servil aos interesses dos meios capitalistas nacionais e internacionais e que permanentemente demonstra não ter a mínima preocupação com o bem-estar social do povo cansado de tanto sofrimento.

O objectivo que caracteriza a CDU visa relançar o País através de uma política de esquerda susceptível de travar a austeridade, de melhorar as condições de vida dos portugueses e de enfrentar com determinação o FMI, o BCE e a UE em defesa dos interesses nacionais.

Urge, assim, derrotar a direita. E nós, CDU, estamos confiantes de que iremos concorrer com o nosso esforço, com o nosso empenhamento, para afastar do poder o PSD e o CDS que lamentavelmente têm merecido o apoio do insensível Presidente da República.

Mas, amigos, não contem nunca com a CDU para viabilizar qualquer solução governamental para se prosseguir com políticas idênticas às que até agora têm sido adoptadas, políticas encapotadas apenas com algumas superficiais mudanças de circunstância, de enganadora maquilhagem política como se pode verificar por algumas promessas eleitorais provindas do PS, promessas fagueiras, não credíveis, demagógicas que visam tão só a caça ao voto e, depois, logo se verá…

O País está farto deste tipo de promessas tanto mais que não são apresentadas soluções para os principais problemas como os que dizem respeito ao relançamento da economia, à reposição dos salários, reformas e pensões, à defesa e reforço da segurança social, à reposição e consolidação das funções sociais do Estado ou ao abandono da sujeição absurda perante as imposições do FMI, do BCE e da UE. Não se vislumbra qualquer intenção dos economistas e dos dirigentes socialistas de renegociar a dívida, nos seus montantes, juros e prazos, ou de fazer frente ao nefasto Tratado Orçamental que tanto condiciona o País.

Os portugueses estão fartos da alternância de poder entre PS, PSD/CDS sem que a isso corresponda uma verdadeira alternativa política. Não basta substituir um governo por outro que não dá garantias de avançar para uma política de esquerda como a que a CDU preconiza.

Reside nas mãos dos portugueses a possibilidade de se proceder à viragem política histórica por que anseiam.

O aumento da influência da CDU, através da obtenção de mais votos com o consequente aumento do número de deputados, tornará mais difícil a prossecução da ideologia neoliberal.

A campanha eleitoral vai decorrer numa altura em que os problemas se amontoam e agravam com a permanente destruição do aparelho produtivo nacional, com falências em série de micro, pequenas e médias empresas, com a destruição de milhares de postos de trabalho ou com a venda ao desbarato a grupos económicos estrangeiros de estratégicas empresas como acontece com a nefanda negociata da TAP.

Toda esta problemática deve obrigar-nos a uma efectiva participação cívica durante os tempos que antecedem as eleições, no sentido de esclarecermos os portugueses das propostas da CDU, o que também obrigará a contactos com o maior número de eleitores possível. Tais contactos criarão, por certo, condições objectivas que levarão muitos milhares de cidadãos hesitantes a reflectirem não só sobre as nossas justas posições políticas, mas ainda a considerarem que a abstenção, num acto eleitoral de primordial relevância, só beneficiará os partidos que provocaram o caos no nosso País com o consequente agravamento dos problemas.

Vamos, amigos, contribuir para a mudança de política de forma a que os portugueses possam finalmente usufruir de uma vida mais digna integrados numa sociedade democrática mais justa, mais livre, mais humana e mais fraterna.

VIVA A CDU! VIVA PORTUGAL!