Setúbal | Casa cheia de confiança na Quinta do Conde

Na CDU pelo trabalho e pelo projecto

1 Outubro

20151001_jantar_comicio_quinta_conde_sesimbra_01

O reconhecido mérito da CDU na criação de uma vila que se tornou um grande espaço urbano, com a participação do poder local e levando as lutas da população até ao Parlamento, faz da Quinta do Conde um bom exemplo de como, pelo trabalho realizado e pelo projecto que transporta, a coligação PCP-PEV deve ter também forte votação no dia 4.

No comício que se seguiu ao jantar desta quinta-feira, dia 1, no salão cheio do Centro Cultural Social e Recreativo «A Voz do Alentejo», foi por várias vezes feita referência àquilo que era a Quinta do Conde há 40 anos, realçando as grandes transformações positivas alcançadas até hoje.

Augusto Pólvora, presidente da Câmara Municipal de Sesimbra, considerou que as votações maioritárias na Coligação Democrática Unitária ao longo de quatro décadas, para os órgãos do município e das freguesias, são a melhor prova de que o trabalho é reconhecido. Apelou a que esse reconhecimento se expresse também nas eleições legislativas, para que na AR se alargue o número de deputados que propuseram legislação e medidas, particularmente nas discussões de orçamentos do Estado, que foram ao encontro de necessidades e aspirações de quem vive e trabalha na Quinta do Conde.

Heloísa Apolónia, deputada e dirigente do Partido Ecologista «Os Verdes» e candidata da CDU no círculo de Setúbal, lembrou que «exercemos o nosso mandato de forma muito próxima da população» e referiu o empenho do PCP e do PEV para que houvesse um Centro de Saúde na Quinta do Conde. Apelou a que, em contraponto, se olhasse também para aquilo que os outros partidos não realizaram.

Recusando a «fiscalidade verde», como uma medida (no OE deste ano) para aumentar impostos e sacar 150 milhões de euros, criticou as privatizações e a redução de pessoal nos serviços públicos. A propósito do Dia Mundial da Água, que se celebrou precisamente a 1 de Outubro, apontou as grandes dificuldades que a falta de meios humanos provoca na fiscalização do direito da população a água de qualidade e também na vigilância marítima e detecção de desastres ecológicos no oceano. A «reestruturação» das empresas do sector das águas e saneamento teve apenas por objectivo a privatização e foi mais um caso a confirmar que os governos só olham para o ambiente quando procuram promover negócios para o grande capital. Por fim, Heloísa Apolónia apelou a que os ecologistas, os patriotas, os democratas atribuam o seu voto à CDU, a força que verdadeiramente defende os interesses do País.

Esclarecer até ao último momento

Francisco Lopes lembrou importantes iniciativas realizadas pela CDU, saudou as centenas de activistas da CDU que nelas participaram e explicou a grande confiança com que é encarado o resultado das eleições «pelo caminho percorrido e pelo trabalho que ainda falta» levar a cabo até ao último momento. Dos resultados obtidos pela luta da população, com o empenho dos eleitos locais e a acção solidária na Assembleia da República, o deputado e dirigente do PCP que encabeça a lista da CDU no distrito de Setúbal destacou a construção do nó desnivelado na EN10, acabando com os constantes acidentes que ali ocorriam.

No público, entre aplausos e gritos «CDU» e «CDU avança com toda a confiança» (que se repetiram inúmeras vezes nesta noite), fizeram-se ouvir palavras que sublinhavam a razão do orador. Francisco Lopes acentuou a importância de a CDU ter mais votos e mais deputados, para travar o que for negativo e avançar com medidas necessárias, como a construção da escola secundária da Quinta do Conde.

A propósito de inquietações suscitadas pelo caso da «martelagem» na Volkswagen, declarou «solidariedade e apoio sem limites» aos trabalhadores da Autoeuropa, para a preservação dos seus postos de trabalho, e avisou: «que ninguém aproveite» tal situação «para tentar esmagar os direitos dos trabalhadores».

A enfatizar o valor de cada boletim entrado nas urnas, lembrou que nas recentes eleições regionais na Madeira apenas faltaram cinco votos para eleger mais um deputado da CDU, que seria retirado ao PSD e o faria perder a maioria absoluta.

Jerónimo de Sousa elogiou as duas intervenções que o antecederam e deixou «alguns apelos finais» para o esclarecimento e a mobilização de mais votantes na coligação PCP-PEV.

Observou que a derrota do PSD e do CDS e a perda da maioria absoluta pelos partidos do Governo resultará da luta travada ao longo destes quatro anos e não do que tenha ocorrido na campanha eleitoral. Dessas lutas, os trabalhadores e a população conhecem aqueles que hoje estão na CDU, uma força sempre presente, tanto nas empresas, quando trabalhadores exigiam salários melhores e garantia de direitos, como junto da população que se batia contra o encerramento de um Centro de Saúde, uma escola ou um tribunal.

«Quem teme o crescimento da CDU?» Para Jerónimo de Sousa, quem tem motivos para isso são os grupos económicos e os banqueiros, porque o PCP e o PEV podem bulir com os seus interesses.

O dirigente comunista voltou a lembrar que o PS «desistiu» e não veio ao combate contra o Governo PSD/CDS.

«Nós não desistimos de Portugal e acreditamos nos portugueses», enquanto os partidos da troika «acreditam mais na União Europeia e no FMI». Sob fortes aplausos, Jerónimo de Sousa concluiu: «Nós estamos do lado certo!»

Apelou a que, «mesmo aos que ainda pensam que não vale a pena», se recorde que «é possível romper com esta política e dar força à CDU». Aos «desiludidos e desencantados» o Secretário-Geral do PCP disse que «são bem-vindos ao lado certo». Aos que enchiam o salão da «Voz do Alentejo», reafirmou que «com este trabalho e este projecto, vale a pena» todo o empenho para garantir o reforço da CDU nas eleições de domingo.