A CDU defende uma forte aposta na prevenção e no policiamento de proximidade, capaz de promover o envolvimento das populações e o seu próximo relacionamento com as forças de segurança, designadamente por via dos conselhos municipais de segurança.
Propomos a introdução de uma Lei de Grandes Opções de Segurança Interna, no sentido de criar um novo quadro organizativo das forças e serviços de segurança.
No sentido da melhoria das instalações e equipamentos, com o número de efectivos suficiente, e na adequação do dispositivo policial à missão fundamental de garantir a segurança e tranquilidade das populações, defendemos uma nova lei de programação de investimento.
Consideramos que os direitos dos trabalhadores, em especial, os direitos sindicais e sócio-profissionais devem ser respeitados não devendo assim haver impedimentos do exercício das suas liberdades cívicas e do seu direito ao protesto.
Entendemos que uma política patriótica e de esquerda exige a natureza civil de todas as forças de segurança e não militar como se mantêm a GNR, tal como não aceitamos a subordinação da Polícia Marítima à Marinha.
Consideramos que estas forças vêm assim contrariadas as naturezas próprias das suas missões, tal como limitam os direitos dos seus profissionais, tal como não respeitam os desígnios constitucionais relativos à distinção entre Forças Armadas e Forças de Segurança. Deste modo propomos a apresentação de uma Lei Orgânica da Polícia Marítima. É urgente rever o estatuto profissional de todos os elementos das forças de segurança de modo a garantir os seus direitos e conformar as disposições legais no sentido do não uso de forças armadas em missões de segurança interna.
Defendemos uma política de Protecção Civil que, devidamente financiada através de verbas do Orçamento do Estado, privilegie a prevenção com a promoção de estudos científicos e a elaboração e cumprimento de cartas de risco e planos de emergência e socorro. Consideramos que se deve investir numa cultura de segurança e protecção civil e o ordenamento e prevenção eficaz da floresta portuguesa. No mesmo sentido defendemos a dotação da costa e e portos portugueses com meios e equipamentos de prevenção, alerta e combate a acidentes e catástrofes no mar e nos portos.
Reconhecemos a urgência no reforço dos meios de socorro, quer do INEM, quer das associações de bombeiros, tal como a revisão dos mecanismos de coordenação e orientação dos meios.