Évora | Jantar em Montemor-o-Novo reúne centenas de apoiantes

CDU é o voto útil para defender direitos

12 Setembro

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Jerónimo de Sousa e João Oliveira participaram, hoje à noite, num grande jantar em Montemor-o-Novo que reuniu centenas de apoiantes e activistas da CDU. Na intervenção que proferiu, o Secretário-geral do PCP chamou a atenção para o significado do anúncio feito pelo Governo de que adiará a venda do Novo Banco para depois das eleições, quando o seu objectivo sempre foi vendê-lo «rapidamente e em força».

Para Jerónimo de Sousa, este adiamento tem um único objectivo: evitar que os trabalhadores e o povo percebam a dimensão da injecção de fundos públicos no antigo Banco Espírito Santo – na ordem dos 3900 milhões de euros, a que se somam os 800 milhões da Caixa Geral de Depósitos. Ou seja, precisou, procurar que a generalidade do povo português – que viu os seus empregos destruídos, os seus salários reduzidos, os seus direitos sociais diminuídos – não tenha a noção clara de que para os bancos e para os banqueiros há sempre dinheiro, e muito.

Sublinhando que PS, PSD e CDS são muito parecidos, quer nas responsabilidades que têm na situação do País quer nas linhas gerais do que propõem para o futuro, o Secretário-geral comunista lembrou que foram esses três partidos que chamaram a troika estrangeira dos credores e com ela aceitaram e aplicaram o famigerado «memorando» que infernizou a vida do povo e empurrou Portugal para o abismo. Bem podem uns e outros tentar «sacudir a água do capote», que a realidade é esta!

Depois de acusar o PSD e o CDS de terem mentido aos seus eleitores, ao fazerem no Governo precisamente o oposto do que prometeram na campanha eleitoral, Jerónimo de Sousa lembrou que o PS, por seu lado, abandonou os que nele votaram, ao ter desertado do combate contra o Governo e a sua política.

Antes, o presidente do Grupo Parlamentar do PCP e primeiro candidato da CDU pelo distrito de Évora, João Oliveira, tinha apelado àqueles que justamente se sentem traídos e enganados por PS, PSD e CDS para que não desistam, abstendo-se; pelo contrário, deverão canalizar a sua indignação e revolta para o voto na CDU, que é verdadeiramente útil para defender o emprego, os serviços públicos e o desenvolvimento regional. Se é certo que os partidos que compõem a CDU continuarão a estar, como sempre estiveram, junto dos trabalhadores e do povo, a questão, salientou João Oliveira, é saber «com que força». Isso depende, em grande medida, dos resultados eleitorais do próximo dia 4 de Outubro.