Não havendo uma linha ferroviária que una os dois concelhos directamente, para utilizar o comboio como alternativa de deslocação entre Braga e Guimarães é necessário trocar de linha em Nine ou em Lousado. Os candidatos da CDU, que antes tinham planeado sair no comboio das 08h34, acabaram por escolher uma viagem mais rápida, saindo de Braga às 08h04 no comboio que chega a Lousado às 08h39 e trocando de linha às 08h56 e chegando, finalmente, a Guimarães às 09h36, tendo demorado uma hora e trinta e dois minutos entre concelhos.

Caso tivessem optado em viajar no comboio das 08h34, que chega a Lousado às 09h09, tendo que aguardar até às 10h56 pelo comboio que segue para Guimarães e que chega ao destino às 11h33, teriam demorado três horas a fazer a mesma viagem. Carla Cruz revelou que “esta viagem serve de exemplo para a dificuldade que é conciliar horários profissionais ou escolares com os horários dos comboios”, referindo-se a quem trabalha num concelho e vive no outro e ainda aos estudantes, nomeadamente da Universidade do Minho, que tem um polo em cada um deles.

A primeira candidata considerou, ainda, que “uma ligação directa permitiria uma articulação muito maior e necessária entre Braga e Guimarães, trazendo frutos também para o turismo e promoção da região”, defendendo a proposta da CDU para o distrito de fechar a malha ferroviária com a ligação destes dois concelhos, ainda com a inclusão de Barcelos, ficando então ligado o que se chama de quadrilátero urbano.

A acção serviu ainda para valorizar e defender os transportes públicos, tendo em conta a degradação dos serviços prestados quando concessionados a empresas privadas, como é o caso dos Transportes Urbanos de Guimarães, cuja concessão pertence à Arriva, com bilhetes “com um custo demasiado elevado e que não serve, sequer, todo o concelho, sendo as freguesias que ficam de fora do serviço dos TUG servidas por camionetas de outra empresa privada, a Transdev”, como explicou o candidato do concelho, Pedro Ribeiro.