Beja | Jerónimo de Sousa almoça com reformados em Beja

Façam do voto uma afirmação de vida

24 Setembro

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Cerca de 300 pessoas acolheram o Secretário-Geral do PCP num almoço em Beja, oportunidade para Jerónimo de Sousa apelar a que os reformados façam a escolha eleitoral olhando para as suas vidas e fazendo do voto uma afirmação de confiança no futuro.

A jornada de campanha desta quinta-feira, 24, começou para a CDU na capital do Baixo Alentejo, região onde a caravana do Secretário-Geral tem, ao final da tarde, um encontro com a população, em Moura, e um jantar em Serpa.

Na mesa que presidiu ao almoço, feito com o esmero e a dedicação próprios de quem trabalha com amor à causa da liberdade, da democracia e do progresso, acompanharam Jerónimo de Sousa, entre outros, dirigentes locais e nacionais do PCP e do Partido Ecologista «Os Verdes», os primeiros candidatos da CDU pelo círculo eleitoral de Beja e o presidente da Câmara Municipal, João Rocha.

Ao cabeça-de-lista do PCP-PEV, João Ramos, coube dar o mote lembrando o que está em causa nas eleições de 4 de Outubro. A deixa foi aproveitada pelo Secretário-Geral do Partido para, posteriormente, sublinhar que na eleição dos 230 deputados que se decide dentro de aproximadamente uma semana e meia, os portugueses, e com particular relevância os reformados, devem escolher olhando para as suas vidas.

Vidas que nos últimos anos, especialmente nos últimos quatro anos, foram «infernizadas» por uma política que impôs «retrocessos civilizacionais e constitucionais», afirmou, dando como exemplos a prática política de um Governo que «rasgou» princípios e direitos como o de acesso à saúde ou à protecção social. Vidas que se cruzam com as de filhos e netos a quem milhares e milhares de pensionistas e idosos têm de acudir apesar das magras reformas que auferem.

Neste contexto, ao qual acrescem os sucessivos cortes aplicados pelo executivo PSD/CDS nos rendimentos da maioria dos idosos, estes vêem-se, frequentemente, constrangidos a optar entre «colocar comida na mesa» ou ir a uma consulta, pagar um exame ou o transporte [para o médico].

Daí, prossegiu Jerónimo de Sousa, ser de crucial importância que a 4 de Outubro os reformados, pensionistas e idosos usem o instrumento que têm à mão – o voto – e «castiguem quem vos castigou», julguem os responsáveis pela degradação das suas condições de vida e afirmem o direito das novas gerações a viverem com dignidade.

Assim, «seria contraditório, seria um voto contra os vossos interesses e direitos», confiarem quer ao PSD/CDS quer ao PS. Isto, justificou ainda o dirigente comunista, porque se uns pretendem cortar mais 600 milhões de euros nas reformas e pensões (a coligação Passos/Portas, outros (o PS) propõe o congelamento das reformas por mais quatro anos e cortar nos apoios sociais, «com a consequência que isso tem nas vossas vidas», disse.

Jerónimo de Sousa aproveitou também a oportunidade para denunciar que o PS esconde do eleitorado que o anunciado objectivo de baixar a Taxa Social Única para os trabalhadores terá como efeito a redução dos descontos para a Segurança Social, colocando em causa não apenas a sua sustentabilidade, mas traduzindo-se em «reformas mais baixas no futuro».

Por isso, o Secretário-Geral do PCP defendeu que a vitalidade da Segurança Social universal e solidária deve assentar na criação de mais emprego e na aposta decisiva na produção e aparelho produtivo nacional. «E se isso não chegar, então é preciso ir buscar o dinheiro onde ele está: às empresas com lucros fabulosos», realçou.

A terminar, Jerónimo de Sousa fez um apelo que calou fundo nas muitas centenas de pessoas que participaram na iniciativa realizada nos Bombeiros Voluntários de Beja. «Dêem mais votos à CDU aqui no distrito» porque «isso terá reflexos na Assembleia da República e conta para o reforço a nível nacional. «Vocês, que aprenderam com a dureza da vida, mais uma vez vão ser chamados à responsabilidade», concluiu, manifestando «que bom que seria que os reformados erguessem com o seu voto uma mensagem de confiança e esperança, dizendo que isto não pode continuar», que «não estão mortos» e que contam na luta «por um Portugal com futuro».