Setúbal | Trabalhadores das autarquias de Palmela manifestam o seu apoio à CDU

Força para garantir o futuro

16 Setembro

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A 18 dias das eleições para a Assembleia da República, Jerónimo de Sousa, Secretário-Geral do PCP, e Francisco Lopes, cabeça de lista da CDU pelo círculo eleitoral de Setúbal, almoçaram com os trabalhadores das autarquias do concelho de Palmela. Neste encontro, teceram-se fortes críticas ao Governo PSD/CDS pelos ataques aos direitos dos trabalhadores, que começaram com o PS, através dos PEC.

Na Sociedade Filarmónica Humanitária, onde se realizou a iniciativa promovida pela Célula dos Trabalhadores Comunistas da Câmara Municipal de Palmela, estiveram mais de duas centenas de pessoas, que receberam, com uma entusiástica salva de palmas, Jerónimo de Sousa e Francisco Lopes. A sua presença demonstrou um grande apoio à candidatura da CDU, força política composta por gente séria que, nos concelhos e no País, são o rosto de soluções para uma vida melhor.

A iniciativa contou ainda com a presença, na mesa, de José Pereira, do Comité Central do PCP e responsável pelo concelho de Palmela, Fernanda Pezinho, vereadora na Câmara Municipal de Palmela e candidata da CDU pelo Partido Ecologista «Os Verdes», Álvaro Amaro, presidente da Câmara Municipal de Palmela e da Comissão Concelhia de Palmela do PCP, Vanda Figueiredo, do Comité Central do PCP e candidata da CDU, Margarida Botelho, da Comissão Política do Comité Central do PCP e responsável pela Organização Regional de Setúbal do PCP, e Heloísa Apolónia, da Comissão Executiva do Partido Ecologista «Os Verdes» e candidata da CDU.

Defender os trabalhadores

Francisco Lopes começou por apontar que, ali, em Palmela, «estamos numa autarquia CDU», o que «tem ligação e conteúdo com aquilo que se passou até aqui, relativamente à defesa dos interesses e direitos dos trabalhadores, do Poder Local Democrático e dos interesses das populações».

«É necessário que se analise e reflicta, para uma posição a tomar no futuro, sobre o que se decide e o que se garante no próximo dia 4 de Outubro», acentuou, lembrando que nos últimos cinco anos os governos do PS e do PSD/CDS «atacaram a autonomia do Poder Local, cortaram cem milhões de euros às autarquias do distrito de Setúbal, afectaram a organização interna das autarquias, impediram a contratação de trabalhadores e atacaram profundamente os seus direitos e condições de trabalho».

Perante os trabalhadores da Administração Local, o candidato criticou ainda «os cortes nos salários e nas pensões, o congelamento das progressões das carreiras, o aumento dos descontos para a ADSE, os cortes nas horas extraordinárias, a eliminação de dias feriados e de férias, a instabilidade e incerteza no trabalho».

Unidade e luta

Na sua intervenção, Francisco Lopes sublinhou também que o Governo PSD/CDS tentou, «contra a corrente da história, passar o horário de trabalho das 35 para as 40 horas» na Administração Pública. «Ainda não desistiram de o impor» e o PS pretende fazê-lo pela via da adaptabilidade dos horários. «Por oposição das autarquias CDU, neste distrito de Setúbal, continuam a vigorar as 35 horas de trabalho», informou, valorizando a «unidade e luta dos trabalhadores», assim como o «papel dos sindicatos» neste processo.

Tudo isto, referiu o primeiro candidato da Coligação PCP-PEV, «dá-nos um sinal não apenas em relação às 35 horas, mas em todas as matérias». «Eles [PS, PSD e CDS] bem podem decidir comprometer os direitos e o futuro do País, que os trabalhadores e o povo têm força suficiente, com a sua luta e o seu voto, para travar esses desígnios e apontar uma perspectiva de progresso social».

Neste sentido, concluiu, o voto na CDU «não é só necessário para penalizar aquilo que fizeram os partidos da troika e a política de direita do PS, PSD e CDS», mas uma «forma de prevenir o futuro».

Na linha da frente

Também Jerónimo de Sousa apelou ao voto na CDU, que corresponde «à luta, aos anseios, aspirações e reivindicações» dos trabalhadores e do povo. «Vocês podem dar o voto àqueles que são responsáveis pela ofensiva e que se preparam para continuar a mesma política?», interrogou, frisando que o PCP e o PEV, que formam a CDU, estiveram «sempre na linha da frente, ao vosso lado, com a participação solidária nas vossas acções, mas também na Assembleia da República», apresentando «iniciativas para travar a ofensiva, denunciando, combatendo, respeitando sempre o voto que deram à Coligação PCP-PEV».

O Secretário-Geral do PCP teceu ainda fortes críticas ao Governo do PSD/CDS, que assumiu «uma política cuja natureza tem como essência o ataque aos direitos dos trabalhadores, visando a pobreza e o empobrecimento», e ao PS, partido que iniciou «o congelamento dos salários dos trabalhadores da Administração Pública, congelou a progressão de carreiras e atacou os serviços públicos».

«Está nas mãos dos trabalhadores fazer opções, em torno daquilo que os anima, dos seus sonhos, do desejo de construírem as suas vidas, de terem direitos, um salário digno, que lhes reponham aquilo que foi roubado durante os últimos quatro anos», afirmou Jerónimo de Sousa.