Lisboa | Corregedor da Fonseca, Intervenção Democrática, no Acto Público CDU em Lisboa

Importa fazer avançar ainda mais a CDU, aumentar a sua influência política e o número dos seus deputados

25 Junho
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A sociedade portuguesa enfrenta um visível e muito preocupante retrocesso civilizacional devido à natureza das orientações, critérios, prioridades e concepções neoliberais do governo que têm devastado e empobrecido o País.

Portugal está a ser vítima do mais violento ataque perpetrado contra as transformações sociais, progressistas e democráticas, pelo que urge intervir activamente a fim de se criarem condições objectivas susceptíveis do Povo português retomar os pilares de Abril.

Tem sido desumana, a acção governamental nesta penosa legislatura – na sequência, aliás, do que vem sucedendo há mais de trinta e oito anos da responsabilidade de sucessivos governos do PS, PSD e CDS.

Apesar de tantas vicissitudes, o Povo tem dado resposta exprimindo o seu repúdio à política de direita através de inúmeras greves, manifestações e concentrações populares com a intervenção de trabalhadores, da imensa mancha de desempregados e de reformados, de jovens, de micro, médios e pequenos empresários, todos unidos no mesmo combate pela exigência de mudança de política, com o indefectível  apoio da CGTP Intersindical Nacional.

As eleições legislativas vão decorrer num dramático quadro político e social com crescente aumento de desemprego, das desigualdades e exclusões sociais, da emigração, com diminuição dos subsídios de desemprego, doença e invalidez, do abono de família, com cortes abusivos e ilegais nos salários e reformas, enquanto pulula a corrupção e se procede à venda de empresas públicas estratégicas e essenciais à economia, em condições discutíveis. A legalidade de tais negócios terá de ser bem analisada juridicamente.

Por outro lado, os capitalistas, os grupos económicos e financeiros continuam a acumular riqueza, numa injusta repartição de rendimentos, à custa da exploração da força do trabalho.

O governo, que não hesita em atacar direitos, liberdades e garantias constitucionais – com o apoio do Presidente da República insensível ao sofrimento dos portugueses -, continua a obedecer às ordens da Alemanha, e das instituições capitalistas internacionais numa submissão  de tal dimensão que põe em causa a própria dignidade de Portugal.

É com esta tão negativa e perigosa situação criada ao País e à generalidade do seu povo que a Coligação Democrática Unitária concorrerá às eleições legislativas  iniciando com este significativo Acto Público a sua participação na campanha eleitoral.

A CDU, que a Associação Intervenção Democrática tem orgulho em integrar, posiciona-se, como sempre, na primeira linha da defesa da Democracia.

A CDU vai à luta revelando pujança e determinação na defesa intransigente dos interesses das populações, da soberania e independência nacionais e dos valores de Abril. Para além de acompanhar e apoiar as classes trabalhadoras, as classes mais desprotegidas, a CDU é a única força política que apresenta propostas políticas positivas que, a serem adoptadas, relançarão o País para os caminhos do desenvolvimento, do progresso e da justiça social.

Os partidos que são a base da Coligação, o Partido Comunista Português e o Partido Ecologista Os Verdes, a quem saudamos efusivamente, têm demonstrado o seu patriotismo e a sua total disponibilidade para inverter a situação antidemocrática em curso. Como se pode observar pelas iniciativas legislativas que, não obstante, o seu amplo alcance político e importância de que se revestem para o nosso futuro colectivo, são derrotados na Assembleia da República não só pelos partidos de direita, mas também e, em tantos casos, pelo próprio Partido Socialista.

Partido Socialista, a julgar pelas medidas anunciadas por António Costa e pela sua recusa em exigir a renegociação da dívida, capitula uma vez mais, perante as imposições provindas do FMI, BCE, UE.

As “promessas” e o programa económico e social do PS permitem concluir que as suas bases programáticas se confundem com as da direita.

Por isso, amigos, a CDU na pugna eleitoral combaterá, sem hesitação, o Bloco Central constituído pelo PS, PSD e CDS.

Não é possível aceitar, por mais tempo, a austeridade que fizeram e fazem recair sobre o Povo, como não poderemos suportar o declínio do País.

Ultrajado como está o País, o Povo tem o direito de considerar que ao governo falta legitimidade democrática para prosseguir na sua sanha demolidora das principais conquistas e princípios democráticos por que devem ser regidos os seus destinos. Só com uma política verdadeiramente de esquerda será possível derrubar o edifício antidemocrático e neoliberal em que assenta a actuação do governo.

Importa companheiros, fazer avançar ainda mais a CDU, aumentar a sua influência política e o número dos seus deputados. Vai ser uma tarefa árdua, constante, mas estamos certos que os nossos patrióticos objectivos vão ser plenamente atingidos.

Por isso, amigos, não temos tempo a perder, o País espera por nós.

Viva CDU
Viva Portugal